Boeing 737 MAX deve continuar sem voar pelo menos até agosto
O Boeing 737 MAX deve continuar em terra até pelo menos agosto, uma vez que a fabricante norte-americana segue tendo dificuldades com o software da aeronave, afirmaram fontes informadas sobre o assunto à Reuters.
A Boeing sinalizou que agora espera obter aprovação de autoridades de aviação para o retorno do avião ao serviço em agosto. Isso pode ser adiado até o outono do Hemisfério Norte (entre final de setembro e dezembro), disseram as fontes.
O avião mais vendido da Boeing não pode voar desde março de 2019 depois de duas quedas em um intervalo de cinco meses que mataram 346 pessoas. A Boeing suspendeu a produção do modelo em janeiro e tem 400 unidades do MAX em estoque.
A Southwest Airlines, maior operadora do 737 MAX no mundo, afirmou nesta terça-feira a retirada do MAX de seus planos de frotas até 30 de outubro, citando "recente comunicação da Boeing sobre a data de retorno ao serviço" do avião.
A agência de aviação dos Estados Unidos (FAA) repetidamente tem informado que não tem cronograma para a aprovação do retorno dos voos do avião.
A Boeing não comentou o assunto, citando período de silêncio antes da divulgação dos resultados trimestrais, na quarta-feira.
Em 7 de abril, a Boeing citou que precisava fazer duas novas atualizações no computador de controle de voo do 737 MAX. Um dos problemas envolve falhas hipotéticas no microprocessador de controle de voo, que podem levar a uma perda de um controle conhecido como "runaway stabilizer". O outro problema pode levar a uma desconexão do recurso de piloto automático durante a aproximação final.
A Boeing disse também em 7 de abril que estava trabalhando com a Collins Aerospace Systems, Raytheon Technologies, nas atualizações dos softwares, mas ainda não tinha certeza quando a Collins completaria o trabalho e quanto tempo as autoridades de aviação levariam para avaliar os reparos.
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