Horizonte Minerals obtém financiamento de US$325 mi para projeto de níquel no Brasil
LONDRES (Reuters) - A Horizonte Minerals informou nesta quarta-feira que obteve um empréstimo sindicalizado de 325 milhões de dólares para ajudar no financiamento da construção de uma mina de níquel no Brasil, e que está em negociações avançadas para garantir mais 115 milhões de dólares em "offtakes" e capital até o fim deste ano.
As ações da empresa, negociadas em Londres, aproximaram-se do maior nível em um ano após a notícia.
O projeto Araguaia produzirá ferroníquel, que é utilizado na fabricação de aço inoxidável. A construção deve começar no início do ano que vem, com o custo da primeira fase do projeto sendo estimado em 440 milhões de dólares, disse a Horizonte.
Projetos de níquel fora da Ásia têm enfrentado problemas para obter financiamento, já que a produção em países asiáticos --como a Indonésia-- é mais barata e pressionou as cotações do mineral.
Os valores de referência do níquel têm sido negociados em torno de 14 mil dólares por tonelada, nível muito distante do pico de 50 mil dólares registrado em 2007, o que mantém os investidores mais afastados do mercado.
"Acreditamos no financiamento do projeto Araguaia no final do ciclo (do mercado), para que possamos iniciar a produção com um preço ascendente do níquel", disse à Reuters o presidente-executivo da Horizonte, Jeremy Martin.
O empréstimo sindicalizado anunciado nesta quarta-feira foi organizado por BNP Paribas, ING, Mizuho, Natixis e Société Générale.
Martin disse que a Horizonte está em negociações avançadas com a mineradora e trading Glencore e com a empresa de private equity Orion Resources Partners, entre outros, para obter capital e financiamento para projetos.
A empresa também possui negociações para fornecer níquel para produtores de aço inoxidável da Europa e América do Norte.
Martin afirmou que a Horizonte, que também tem ações negociadas em Toronto, planeja investir em outro projeto de níquel no Brasil, conforme o interesse por veículos elétricos ganhar ritmo.
Embora o aço inoxidável represente cerca de 70% da demanda por níquel, o crescente uso do mineral em veículos elétricos deve ser o principal impulso para o consumo no longo prazo.
(Reportagem de Zandi Shabalala)
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