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Bolsonaro tinha razão ao criticar fim do abono salarial, diz Guedes

Segundo o ministro, há "uma porção de propostas" para o Renda Brasil e discussão segue em curso - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Segundo o ministro, há "uma porção de propostas" para o Renda Brasil e discussão segue em curso Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

28/08/2020 19h00

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou hoje que a reação contrária de Jair Bolsonaro (sem partido) à proposta de fim do abono salarial é natural e deriva de instinto político, acrescentando também que o presidente teve razão ao avaliar que isso representaria "tirar dos pobres para dar aos paupérrimos".

"Isso chegou a ser discutido até no governo do PT, a própria [ex-presidente] Dilma [Rousseff (PT)] propôs isso, essa consolidação de programas. E quando isso é imaginado, aí o presidente reage naturalmente, com instinto político, e fala 'espera aí: tirar do pobre e dar para o mais pobre?'", disse o ministro em conferência promovida pelo Aço Brasil.

"O salário de 75% dos brasileiros que estão na CLT é abaixo de 1,5 salário mínimo [R$ 1.567,50], então realmente [acabar com abono] é tirar da base de trabalhadores brasileiros e passar para o que está desempregado, que está pior ainda, mas essa era uma das possibilidades que estavam sendo examinadas", acrescentou.

Segundo ele, o Ministério da Economia levou "uma porção de outras propostas" para o Renda Brasil e essa discussão segue em curso.