Câmara do Rio abre CPI para investigar uso de servidores para atrapalhar jornalistas
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Câmara Municipal do Rio de Janeiro criou nesta sexta-feira uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as denúncias de que servidores públicos foram destinados a hospitais da cidade para atrapalhar o trabalho da imprensa e intimidar pacientes.
A autorização para a abertura da CPI foi dada pela presidência da Câmara e já foi publicada.
“Os esforços agora estão concentrados na CPI, mas eu fiz um outro pedido de impeachment e ainda apresentei uma representação no TCM (Tribunal de Contas do Município) para que os salários dos servidores sejam devolvidos, porque são impostos dos contribuintes usados para pagar jagunços“, disse à Reuters, o vereador Átila Nunes (DEM).
A CPI deve ser instalada na próxima semana e os trabalhos podem durar 120 dias.
Na quinta-feira, a Câmara rejeitou a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos)em uma votação apertada, com 25 votos contra a abertura e 23 a favor.
A polícia e o Ministério Público do Rio estão investigando eventuais crimes cometidos pelo prefeito, que é candidato à reeleição.
Crivella, por sua vez, criticou nesta sexta a CPI e a tentativa de impeachment.
“São tentativas fantasiosas e estapafúrdias que não justificam uma CPI e muito menos um processo de impeachment“, disse o prefeito a jornalistas.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Edição de Alexandre Caverni)
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