TSE suspende inegibilidade de prefeito do Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu uma liminar ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), suspendendo a inegibilidade de oito anos imposta pelo Tribunal Regional Estadual (TRE-RJ) por abuso de poder político e conduta vedada a agente público, informou a equipe eleitoral do prefeito que é candidato à reeleição.
A liminar foi concedida pelo ministro Mauro Campbell Marques, relator do pedido feito pela defesa de Crivella.
O prefeito foi condenado pelo TRE por usar veículos da prefeitura para levar pessoas para um ato político na quadra de uma escola de samba antes da eleições de 2018. Funcionários da prefeitura também teriam sido obrigados a ir ao ato no qual Crivella pediu votos para candidatos, entre eles o filho do prefeito, que não se elegeu.
"No fundo eu senti que o TRE-RJ resolveu pegar o prefeito como exemplo. Não pode ter bagunça. Há dois anos eu fui a uma reunião do meu filho, com 50 pessoas, que já foi investigada pela CPI da Câmara, e fui inocentado, mas tinha me dado uma inegibilidade. Uma medida pesada, dura, duríssima, só por ir a uma reunião. Meu filho perdeu a eleição. Qual o abuso de poder político se o candidato perdeu? Então não prova, não tem gravidade, não tem escala”, disse Crivella a jornalistas.
“Quando chegou ao TSE, consegui essa liminar, e estou muito feliz. Fez-se justiça”, acrescentou.
Mesmo com a inegibilidade decretada pelo TRE, Crivella vinha fazendo campanha eleitoral e participando do programa eleitoral gratuito em rádio e TV.
Nas duas pesquisas de opinião divulgadas até agora , Ibope e Datafolha, Crivella aparece em 2º lugar, bem atrás do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM).
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
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