Preços de petróleo se estabilizam, mas pressões com coronavírus e abastecimento permanecem
LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo se estabilizaram hoje, mas permaneceram sob pressão da ameaça à demanda devido ao ressurgimento global de casos de coronavírus e ao aumento da produção da Líbia.
Nesta manhã, o petróleo Brent chegou a tocar US$ 42,62 por barril, sem variação, enquanto a commodity dos Estados Unidos atingiu US$ 40,88 por barril.
Os casos de covid-19 chegaram a 40 milhões ontem, de acordo com uma contagem da Reuters, com uma segunda onda crescente na Europa e na América do Norte desencadeando vários graus de medidas de 'lockdown'.
"A terça-feira encontrou traders de petróleo lutando para decidir como interpretar o resultado da reunião da Opep+ do dia anterior", disse Bjornar Tonhaugen, head de mercados de petróleo da Rystad Energy.
Uma reunião ontem de um painel ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, juntos conhecidos como Opep+, se comprometeram a apoiar o mercado de petróleo à medida que crescem as preocupações com os casos de coronavírus.
Por enquanto, a Opep+ está firmando um acordo para reduzir a produção em 7,7 milhões de barris por dia (bpd) até o final do ano e, em seguida, aumentar a produção em 2 milhões de bpd em janeiro.
Enquanto isso, a Líbia, membro da Opep, que está isento dos cortes, está aumentando a produção depois que um conflito armado interrompeu quase toda a operação do país em janeiro.
A produção de seu maior campo, Sharara, foi retomada em 11 de outubro e agora está em cerca de 150 mil bpd, cerca de metade de sua capacidade, disseram duas fontes da indústria à Reuters.
(Reportagem adicional de Sonali Paul em Melbourne e Roslan Khasawneh em Singapura)
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