Pazuello diz que Brasil "jamais será dividido" em chegada de vacinas da AstraZeneca ao Brasil
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na noite desta sexta-feira que o Brasil "jamais será dividido" em pronunciamento na chegada ao país do primeiro lote com 2 milhões de doses da vacina contra Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca, fabricados na Índia pelo Instituto Serum, em mais um lance do embate do governo Jair Bolsonaro na disputa com o governador de São Paulo, João Doria, em relação à imunização dos brasileiros.
"Contem conosco, vamos ficar juntos, nosso país jamais será dividido, nenhum brasileiro é mais importante do que o outro, nenhum Estado é mais importante do que o outro, todos receberão o seu material, as suas vacinas num período de 24 horas aproximadamente do início da distribuição", disse.
"Contem com o governo federal, com o governo Jair Bolsonaro, Brasil imunizado, somos uma só nação", acrescentou.
Ao lado do embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, e outros ministros do governo, Pazuello disse acreditar que no sábado, provavelmente no final do dia, vai haver a distribuição aos demais Estados das doses do imunizante da AstraZeneca.
O ministro da Saúde destacou ainda o fato de os governadores terem fechado um acordo de priorizar Manaus com a remessa de 5% do lote do imunizante, citando que a capital do Amazonas é "onde está o maior risco do país".
Manaus passa por uma forte crise de saúde pública com a explosão de casos e mortes por Covid-19 em meio à falta de suprimento de oxigênio para atendimento de pacientes.
A vacina da AstraZeneca --a principal aposta do governo federal para o plano nacional de imunização-- chegou ao país uma semana depois do que se previa inicialmente. Houve atrasos no envio do lote da Índia, segundo país mais populoso do mundo que começou sua vacinação contra Covid-19.
O governo Bolsonaro teve que começar a vacinação no Brasil com a CoronaVac, imunizante do acordo firmado pelo Instituo Butantan, ligado ao governo de São Paulo, do desafeto João Doria, com o laboratório chinês Sinovac.
Em várias ocasiões, Bolsonaro chegou a fazer críticas e lançar dúvidas sobre a CoronaVac sobre a eficácia e questionou a origem chinesa dessa vacina. Teve de recuar, contudo, após pressão dos governadores e o avanço de Doria --potencial adversário na sucessão de 2022-- nas discussões sobre vacinação no país.
Nesta sexta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um segundo lote de vacinas da CoronaVac para uso emergencial no país, de 4,8 milhões de doses, subindo com isso para 10,8 milhões de doses desse imunizante que podem ser aplicados nos brasileiros.
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