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Encomendas do núcleo de bens de capital nos EUA têm queda em fevereiro

24/03/2021 09h41

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - Os novos pedidos de bens de capital fabricados nos Estados Unidos caíram em fevereiro, após nove ganhos mensais consecutivos, sugerindo algum arrefecimento nos gastos das empresas com equipamentos no primeiro trimestre.

Embora parte da queda inesperada relatada pelo Departamento do Comércio norte-americano nesta quarta-feira possa ser por causa da onda de frio intenso registrada no país no mês passado, a demanda por esses produtos tem desacelerado gradualmente. Ainda assim, as despesas de capital devem ser apoiadas pelo pacote de resgate em resposta à pandemia de 1,9 trilhão de dólares da Casa Branca.

As encomendas de bens de capital excluindo defesa e aeronaves, medida observada de perto para planos de gastos empresariais, recuaram 0,8% no mês passado, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira. O chamado núcleo das encomendas de bens de capital avançou 0,6% em janeiro.

Economistas consultados pela Reuters projetavam aumento de 0,5% nas encomendas do núcleo de bens de capital em fevereiro.

Na comparação ano a ano, os pedidos saltaram 8,5% em fevereiro. A pandemia elevou a demanda por bens, sustentando a manufatura, que responde por 11,9% da economia dos EUA.

Em fevereiro, as encomendas do núcleo de bens de capital foram prejudicadas por máquinas e produtos de metal primários e manufaturados, além de computadores e produtos eletrônicos. Mas as encomendas de equipamentos elétricos, eletrodomésticos e componentes subiram 0,2%.

As remessas do núcleo dos bens de capital caíram 1,0% no mês passado. Elas são usadas para calcular os gastos com equipamentos na medição do Produto Interno Bruto do governo dos EUA. Elas registraram alta de 1,9% em janeiro. A queda de fevereiro foi provavelmente resultado do clima extremamente frio em muitas partes do país.

Os pedidos de bens duráveis, itens que vão de torradeiras a aviões com duração de três anos ou mais, caíram 1,1% em fevereiro, após salto de 3,5% em janeiro.