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Preços de diesel, gasolina e etanol têm 4ª semana de queda nos postos, diz ANP

16/04/2021 20h04

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços do óleo diesel, gasolina e etanol nos postos de combustíveis do Brasil tiveram leve retração nesta semana, a quarta consecutiva de baixa, de acordo com dados publicados nesta sexta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo levantamento da reguladora, o valor médio do diesel ao longo da última semana foi de 4,184 reais por litro, queda de 0,66% em relação à semana anterior. Com o movimento, a cotação do combustível mais consumido do país atingiu o menor nível desde a semana encerrada em 27 de fevereiro.

Na máxima atingida neste ano, após seguidos aumentos que desencadearam ameaças de greves de caminhoneiros e levaram o presidente Jair Bolsonaro a alterar o comando da Petrobras, o diesel atingiu preço médio nos postos de 4,274 reais/litro, em meados de março.

A gasolina, por sua vez, registrou nesta semana preço médio de 5,427 reais por litro nas bombas, menor patamar desde o início de março, com queda de quase 0,4% na comparação semanal.

Em meados do mês passado, no pico de 2021 até o momento, o litro do combustível havia se aproximado de 5,60 reais, segundo a ANP.

A tendência de queda também continuou sendo vista no etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nos postos. Conforme o levantamento, o biocombustível fechou a semana com preço médio de 3,758 reais por litro, baixa de 1,2% em relação à pesquisa anterior.

O movimento recente de queda nos combustíveis ocorre após a Petrobras ter reduzido por duas vezes seguidas os preços do diesel e da gasolina em suas refinarias-- no final de março e no início deste mês.

Na quinta-feira, porém, a estatal comunicou um novo aumento, aplicado a partir desta sexta-feira.

Com o novo reajuste, o diesel da Petrobras passou a custar 2,76 reais por litro, enquanto a gasolina foi para 2,64 reais/litro. Os combustíveis acumulam altas na refinaria de 36% e 43,5% no ano, respectivamente.

A Petrobras defende que seus reajustes buscam seguir os valores de paridade internacional, influenciados por fatores como a cotação do petróleo no mercado externo e a taxa de câmbio.

Os preços nos postos, por outro lado, não acompanham necessariamente e de imediato os valores nas refinarias, e dependem de uma série de fatores, incluindo impostos, mistura de biocombustíveis e margens de distribuição.

(Por Gabriel Araujo)