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Se Senado colocar reforma do IR na gaveta não está preocupado com Bolsa Família, diz Guedes

Após reunião com o relator no Senado da proposta, senador Angelo Coronel (PSD-BA), o ministro voltou a frisar que a reforma é crucial para financiar a expansão do programa de transferência de renda - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
Após reunião com o relator no Senado da proposta, senador Angelo Coronel (PSD-BA), o ministro voltou a frisar que a reforma é crucial para financiar a expansão do programa de transferência de renda Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Marcela Ayres

27/09/2021 17h04

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que se a reforma do Imposto de Renda não for pautada no Senado será dado um sinal de despreocupação com o Bolsa Família.

Após reunião com o relator no Senado da proposta, senador Angelo Coronel (PSD-BA), o ministro voltou a frisar que a reforma é crucial para financiar a expansão do programa de transferência de renda. O texto estipula a tributação de dividendos como fonte de recursos para o Auxílio Brasil.

"O IR como fonte de recursos e a PEC dos precatórios como espaço fiscal é a chave para possibilitarmos Bolsa Família mais forte", disse ele a jornalistas.

Após questionamento sobre a possibilidade de engavetamento da proposta pelo presidente, Guedes respondeu que "se colocar na gaveta na verdade está dizendo ao povo brasileiro que não está preocupado com o Bolsa Família".

Tanto a pergunta quanto a resposta do ministro não especificaram se a referência era ao presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ou ao presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA).

O relator, por sua vez, disse que irá ouvir agora os segmentos empresariais afetados pela reforma que o procurarem, para em seguida discutir com a equipe econômica a confecção de um relatório "palatável".

"Relatório será apresentado", disse ele, ao ser questionado sobre a perspectiva de votação do projeto ainda neste ano.

"Quanto à questão de votação, vai depender de o presidente pautar", complementou.

(Por Marcela Ayres)