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Temendo sanções ocidentais, bilionários russos movem iates para as Maldivas

Oleg Deripaska, fundador da gigante do alumínio Rusal, ancorou hoje o iate dele nas Maldivas - Evgenia Novozhenina/Reuters
Oleg Deripaska, fundador da gigante do alumínio Rusal, ancorou hoje o iate dele nas Maldivas Imagem: Evgenia Novozhenina/Reuters

Em Nova Delhi (Índia)

02/03/2022 11h52Atualizada em 02/03/2022 11h56

Pelo menos cinco iates de propriedade de bilionários russos estavam ancorados ou navegando hoje nas Maldivas, uma nação insular do Oceano Índico que não tem tratado de extradição com os Estados Unidos, mostraram dados de rastreamento de embarcações.

A chegada das embarcações ao arquipélago na costa do Sri Lanka ocorre após imposição de severas sanções ocidentais à Rússia em represália à invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.

O iate Clio, de propriedade de Oleg Deripaska, fundador da gigante do alumínio Rusal, que foi sancionada pelos Estados Unidos em 2018, ancorou na capital Malé hoje, de acordo com o banco de dados MarineTraffic.

O Titan, de Alexander Abramov, cofundador da produtora de aço Evraz, chegou em 28 de fevereiro.

Três outros iates pertencentes a bilionários russos foram vistos navegando nas águas das Maldivas hoje, incluindo o Nirvana, de 88 metros, de propriedade do homem mais rico da Rússia, Vladimir Potanin.

A maioria das embarcações foi vista pela última vez ancorada em portos do Oriente Médio no início do ano.

Um porta-voz do governo das Maldivas não respondeu a um pedido de comentário.

Os Estados Unidos disseram que tomarão medidas rigorosas para confiscar propriedades de russos sancionados.

"Na próxima semana, lançaremos uma força-tarefa transatlântica multilateral para identificar, caçar e congelar os ativos de empresas e oligarcas russos sancionados - seus iates, suas mansões e quaisquer outros ganhos ilícitos que possamos encontrar e congelar sob a lei", disse a Casa Branca em tuíte no último domingo (27).