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Europa não entrará em recessão por guerra na Ucrânia, diz vice-presidente do BCE

Luis de Guindos, disse que o aumento da inflação continuará a ter impacto na União Europeia (UE), mas que a economia do bloco não entrará em recessão - Johanna Geron
Luis de Guindos, disse que o aumento da inflação continuará a ter impacto na União Europeia (UE), mas que a economia do bloco não entrará em recessão Imagem: Johanna Geron

Catarina Demony

15/03/2022 18h32

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse nesta terça-feira que o aumento da inflação continuará a ter impacto na União Europeia (UE), mas que a economia do bloco não entrará em recessão como resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia.

"A inflação já estava alta e vai aumentar... mas não entraremos em recessão", afirmou De Guindos em entrevista ao canal de TV espanhol Antena 3. "Mesmo nos cenários mais severos que temos, a economia europeia não entrará em recessão."

Questionado se isso pode mudar dependendo de quanto tempo o conflito durar, de Guindos disse que era "muito difícil" de prever e que tudo em que eles poderiam pensar eram "cenários" baseados na evolução dos preços, principalmente das matérias-primas.

O BCE previu na semana passada que o crescimento da zona do euro será 0,5 ponto percentual menor neste ano do que o esperado anteriormente por causa da guerra na Ucrânia, mas ainda chegará a 3,7% em 2022 e 2,8% em 2023.

A inflação, no entanto, deve na média ficar em 5,1% em 2022, bem acima da meta do banco, de 2,0%, caindo para 2,1% em 2023, segundo previsão do BCE.