Kremlin diz que embargo de petróleo da Rússia prejudicaria Europa, não os EUA
O Kremlin disse nesta segunda-feira que a Europa seria duramente atingida no caso de um embargo ao petróleo russo, afetando o equilíbrio energético do continente, mas não os Estados Unidos.
Alguns ministros das Relações Exteriores da União Europeia estão pressionando por um embargo ao petróleo como parte de uma possível quinta rodada de sanções contra a Rússia, em um esforço para punir Moscou pelos eventos na Ucrânia.
"Tal embargo afetaria seriamente o mercado global de petróleo, impactaria muito o equilíbrio energético no continente europeu", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres em uma teleconferência diária.
Diplomatas têm dito que um ataque russo de armas químicas na Ucrânia, ou um pesado bombardeio de sua capital Kiev, pode ser um gatilho para um embargo à energia. A Rússia diz que tem como alvo a infraestrutura militar, não civil.
A própria Rússia alertou que as sanções da UE ao petróleo russo podem levá-la a fechar um gasoduto para a Europa. Por enquanto, a UE, formada por 27 países, que depende da Rússia para 40% de seu gás, com a Alemanha entre as mais dependentes das grandes economias do bloco, está dividida sobre como lidar com a questão energética.
"Os americanos permaneceriam como estão e se sentiriam muito melhor do que os europeus (no caso de embargo de petróleo). Isso seria difícil para os europeus —tal decisão afetaria a todos", disse Peskov.
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