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Justiça do Rio suspende assembleia de Furnas, etapa de privatização da Eletrobras

Eletrobras lançou oferta de ações com vistas à sua privatização, operação que pode movimentar cerca de 35 bilhões de reais - Brendan McDermid/Reuters
Eletrobras lançou oferta de ações com vistas à sua privatização, operação que pode movimentar cerca de 35 bilhões de reais Imagem: Brendan McDermid/Reuters

Rodrigo Viga Gaier

Reuters, São Paulo

05/06/2022 21h47Atualizada em 06/06/2022 08h17

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) concedeu ontem liminar para suspender uma assembleia de debenturistas de Furnas, prevista para segunda-feira, etapa que precisa ser vencida para concluir o processo de privatização da Eletrobras.

A assembleia tem em pauta proposta de aprovação de um aporte de capital na usina do Rio Madeira por parte de Furnas, uma subsidiária da Eletrobras.

A liminar foi pedida pela Asef (Associação dos Empregados de Furnas), que alega que o aporte de R$ 681 milhões realizado por Furnas na Madeira Energia, feita antes da aprovação de debenturistas, fere princípios de governança corporativa.

O caso acontece poucos dias após a Eletrobras ter lançado uma oferta de ações com vistas à sua privatização, uma operação que pode movimentar cerca de R$ 35 bilhões e significar a última chance de o presidente Jair Bolsonaro emplacar uma grande desestatização antes das eleições de outubro.

Segundo prospecto preliminar entregue à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a capitalização diluiria a participação do Estado na empresa de 72% para cerca de 45%, em uma operação que pode movimentar aproximadamente R$ 35 bilhões.

A previsão original é de que a oferta seja precificada na próxima quinta-feira (9).