Alckmin despista sobre assumir Economia e defende "agenda da competitividade"
Por Eduardo Simões
(Reuters) - O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mencionado como opção para comandar a Economia numa gestão do petista, despistou nesta quinta-feira sobre a possibilidade de assumir a pasta, ao mesmo tempo que defendeu medidas que chamou de "agenda da competitividade".
Em sabatina para o portal UOL e o jornal Folha de S.Paulo, Alckmin colocou a reforma tributária, com vistas à simplificação de tributos, e a busca de acordos internacionais como parte desta agenda.
"Esse negócio de sentar na cadeira antes da hora dá um azar danado", despistou. "Eu acho que agora é pedir voto. Nós temos até domingo, pedir voto", afirmou.
Alckmin também citou a China, principal parceiro comercial do país, e falou da necessidade de ampliar o comércio exterior, incluindo a concretização do acordo entre Mercosul e União Europeia. Ele também defendeu investimentos em infraestrutura para impulsionar a geração de empregos.
"O Brasil precisa de uma agenda de competitividade, reforma tributária... Se não simplificar a questão tributária, não tem jeito. O Brasil é o país dos impostos, nós precisamos simplificar. E reforma tributária é necessária. Agenda de competitividade. Desburocratizar. Educação básica de qualidade. Acordos internacionais: o país está isolado. Quando você não faz um acordo e seu vizinho faz, você está perdendo mercado", disse.
"A China é um importante parceiro comercial, mas não pode depender só dela. Temos que ter outros mercados, para o agro e para a indústria. O presidente Lula tem falado muito em recuperar a indústria", disse.
O ex-governador também disse não ver incompatibilidade entre cuidar das questões sociais e dos temas econômicos e criticou o conceito de Estado mínimo.
"Você só cuidar do social e também não ter eficiência econômica, você também não cresce. Você tem que fazer essa boa sinergia, eu acredito muito nisso", disse.
"Aquela coisa do Estado mínimo, o mercado resolve tudo, não é verdadeira", acrescentou.
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