Ibovespa hesita com preocupações fiscais, mas Vale oferece suporte
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa hesitava nesta quinta-feira, em meio a preocupações de que uma deterioração do quadro fiscal do país adie um alívio monetário no Brasil, embora a alta de Vale atenuasse a pressão negativa.
Às 12:05, o Ibovespa subia 0,01%, a 109.080,10 pontos. O volume financeiro somava 6,8 bilhões de reais.
O Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75% na véspera e afirmou que irá acompanhar "com especial atenção" os desenvolvimentos futuros da política fiscal e seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação.
O Credit Suisse e a XP Investimentos revisaram projeções e agora não esperam mais cortes da taxa básica de juros até o final do ano que vem, prevendo que uma redução deve ocorrer apenas em 2024. Antes, o banco suíço estimava uma redução a 11,5% e a XP, a 10% em 2023.
Em meio a preocupações no mercado como rumo fiscal do pais, o Senado aprovou também na quarta-feira a PEC da Transição que expande por dois anos o teto de gastos em 145 bilhões de reais. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados.
No exterior, Wall Street abriu em alta, em sessão marcada por dados mostrando um aumento moderado nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, enquanto persiste o receio com o efeito da política monetária do Federal Reserve na economia.
DESTAQUES
- VALE ON avançava 2,71%, a 87,14 reais, beneficiada pela recuperação dos preços dos contratos futuros de minério de ferro na Ásia nesta quinta-feira, conforme voltava a prevalecer o otimismo com o relaxamento das restrições da Covid na China.
- PETROBRAS PN subia 0,51%, a 25,48 reais, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros seguem monitorando sinais do próximo governo sobre a estratégia da companhia. A Petrobras anunciou mais cedo que não houve qualquer decisão de suspender venda de refinarias.
- GPA ON caía 3,74%, a 18,77 reais, um dia após evento da varejista dono da rede Pão de Açúcar realizar evento com investidores. Em relatório, o BTG Pactual afirmou que as iniciativas de 'turnaround' parecem boas, mas que o GPA ainda precisa mostrar melhores resultados em um cenário macro mais difícil.
- CVC BRASIL ON recuava 5,43%, a 4,53 reais, mais do que devolvendo a alta da véspera e renovando mínima histórica intradia, em dia de dólar praticamente estável ante o real. No setor de viagens, que figurou entre as maiores altas do Ibovespa na véspera, GOL PN cedia 3,35% e AZUL PN perdia 2,77%.
- NATURA&CO ON mostrava declínio de 3,23%, a 11,99 reais, após uma recuperação recente desde o final da semana passada, conforme persistem prognósticos desfavoráveis para o consumo no país. Entre as varejistas, MAGAZINE LUIZA ON perdia 2,72%.
- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1%, a 25,7 reais, e BRADESCO PN cedia 0,73%, a 14,87 reais, também pressionando o Ibovespa, em dia mais negativo para o setor de bancos como um todo.
(Por Paula Arend Laier, com reportagem adicional de André Romani)
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