BCE começará a reduzir carteira de títulos em março
FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) disse nesta quinta-feira que começará a reduzir sua carteira de títulos de 5 trilhões de euros (5,3 trilhões de dólares) a partir de março, em seu próximo passo em direção a uma política mais rígida para tentar combater a inflação alta.
O BCE disse que reduziria sua carteira de títulos do Programa de Aquisição de Ativos a um ritmo médio de 15 bilhões de euros por mês, a partir de março até o final do segundo trimestre, com o ritmo subsequente a ser determinado ao longo do tempo.
A autoridade monetária disse que fará isso ao não reinvestir parte dos títulos que vencerem. Mais detalhes sobre os parâmetros desta redução serão fornecidos em sua reunião de fevereiro, disse o BCE.
Ao aumentar os custos de empréstimos a longo prazo, a redução deverá tornar as condições financeiras mais restritivas, tornando mais caro para as empresas e governos contraírem empréstimos.
Ela complementará os aumentos das taxas tradicionais, que em sua maioria elevam os custos de financiamento a curto prazo. O BCE aumentou suas taxas em mais 50 pontos-base nesta quinta-feira, elevando o aumento total desde julho para 250 pontos-base, um ritmo sem precedentes.
"A carteira do programa de aquisição de ativos diminuirá a um ritmo mensurável e previsível", disse o BCE em um comunicado.
"O Conselho do BCE reavaliará regularmente o ritmo da redução da carteira para assegurar que ela permaneça consistente com a estratégia e a postura geral da política monetária, para preservar o funcionamento do mercado e para manter um controle firme sobre as condições do mercado monetário a curto prazo."
Os 3,3 trilhões de euros de compras feitas sob o programa de aquisição de ativos representam a maior parte da dívida detida pelo BCE. Lançado em 2015 para combater riscos deflacionários, o mecanismo tem visto o banco evoluir para o principal credor de muitos governos da zona do euro.
O BCE continuará a apoiar os mercados de dívida, já que o plano anunciado exclui os 1,7 trilhão de euros de dívida que adquiriu através de seu Programa de Compra de Emergência Pandêmica desde o auge da pandemia da Covid-19 em 2020.
(Reportagem de Yoruk Bahceli)
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