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Japão vai avaliar revisão de mandato de combate à deflação, dizem fontes

19/12/2022 07h54

Por Tetsushi Kajimoto e Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) - O Japão vai avaliar no próximo ano uma revisão de seu plano de décadas para combater a deflação, disseram fontes, no momento em que os mercados financeiros apostam que um iene fraco e o aumento dos preços ao consumidor forçarão o banco central a finalmente abandonar sua política monetária ultrafrouxa.

O governo pode iniciar a revisão depois que um novo presidente do Banco do Japão for nomeado em abril, disseram as fontes, um movimento que pode aumentar a chance de um ajuste na política monetária do atual presidente, Haruhiko Kuroda.

Sob forte pressão do então primeiro-ministro Shinzo Abe para tomar medidas mais ousadas para vencer a deflação, o banco central assinou uma declaração conjunta com o governo em 2013 e se comprometeu a atingir sua meta de 2% de inflação "o mais cedo possível".

O compromisso serviu de base para o estímulo monetário radical de Kuroda e como justificativa para manter as taxas de juros do Japão ultrabaixas, mesmo quando outros bancos centrais apertavam a política monetária para combater a inflação alta.

Alguma autoridades do governo do premiê Fumio Kishida estão interessadas em rever a declaração que se concentra em passos para vencer a deflação - um objetivo que ficou fora de sincronia com os recentes aumentos da inflação, disseram.

"Dado que teremos um novo presidente do Banco do Japão, provavelmente haverá um novo comunicado", disse uma das autoridades do governo. "Mas ainda não há uma decisão sobre como seria uma", disse a fonte. Uma segunda autoridade repetiu essa opinião.

A agência de notícias Kyodo informou no sábado que o governo vai revisar a declaração conjunta para fazer da meta de inflação do banco central um objetivo mais flexível, com alguma margem de manobra.

Quando perguntado sobre a notícia da Kyodo, o secretário-chefe de gabinete, Hirokazu Matsuno, disse a repórteres nesta segunda-feira que não havia nenhuma verdade na afirmação de que o governo está disposto a rever a declaração.