Ibovespa busca suporte em Vale e Petrobras com atenções voltadas para Americanas
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa não mostrava direção clara nesta quinta-feira, encontrando suporte em Vale e Petrobras, em sessão com Americanas novamente no centro das atenções após a companhia ameaçar pedir recuperação judicial ainda hoje.
Às 11:49, o Ibovespa subia 0,07%, a 112.307,65 pontos, oscilando entre 111.306,96 e 112.567,45 pontos. O volume financeiro somava 5,4 bilhões de reais.
Além das notícias sobre a crise na Americanas, investidores também digeriam declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com certo desconforto sobre críticas mais diretas à independência do Banco Central.
Na véspera, Lula disse ser uma "bobagem" achar que o BC independente faz mais agora do que quando o presidente indicava o comando da autoridade monetária. "Minha divergência é que nesse país se brigou para ter um BC independente achando que ia melhorar o quê?", disse à Globo News.
"No momento, os investidores enfrentam grandes desafios de incertezas generalizadas, o que os deixa cautelosos impactando no baixo volume negociado e volatilidade mais intensa", afirmou a área de gestão de recursos do BTG Pactual a clientes.
No exterior, o dia é marcado por alta de commodities como o petróleo e o minério de ferro, mas fraqueza nos mercados acionários, com o norte-americano S&P 500 cedendo 0,55%.
DESTAQUES
- AMERICANAS ON caía 17,24%, a 1,44 real, chegando a 1,25 reais no pior momento. A empresa divulgou mais cedo que trabalha com a possibilidade de pedir recuperação judicial "nos próximos dias" ou "nas próximas horas". A varejista afirmou que sua posição de caixa é de 800 milhões de reais, dos quais "parcela significativa" estava "injustificadamente indisponível para movimentação na data de ontem". No setor, MAGAZINE LUIZA ON subia 4,49% e VIA ON operava estável.
- MRV ON recuava 3,64%, a 6,88 reais, em dia negativo para construtoras, dado o aumento da inclinação da curva de juros. A prévia operacional da companhia na véspera mostrou queima de caixa de 539,5 milhões de reais no quarto trimestre, uma vez que não conseguiu repassar integralmente para clientes a alta nos custos de insumos acumulada nos últimos dois anos. O índice do setor imobiliário, que inclui também ações de empresas de shopping centers, perdia 0,76%.
- VALE ON avançava 0,54%, a 93,84 reais, acompanhando a alta dos contratos futuros de minério de ferro, uma vez que o otimismo quanto à recuperação econômica na China, maior produtora mundial de aço, elevou a expectativa de demanda, e traders buscavam barganhas após uma recente queda nos preços.
- PETROBRAS PN tinha acréscimo de 1,56%, a 25,46 reais, em dia positivo para os preços do petróleo. O contrato Brent subia 0,85%, a 85,7 dólares o barril. A empresa pagará nesta quinta-feira a segunda parcela da remuneração aos acionistas referente aos resultados do terceiro trimestre. A distribuição corresponde a 1,611607 real por ação ordinária e preferencial em dividendos, e a 0,074787 real por ação ON e PN sob juros sobre capital próprio (JCP).
- BTG PACTUAL UNIT perdia 1,28%, a 22,36 reais, em meio a problemas envolvendo a Americanas, da qual é um dos principais credores. Especulações sobre a exposição dos bancos às dívidas da varejista e o sentimento mais negativo com os riscos de um governo mais intervencionista, pesavam no setor. BRADESCO PN caía 0,54% e ITAÚ UNIBANCO PN recuava 1,13%.
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