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Alckmin defende queda de juros e reforma tributária ainda este ano

Vice-presidente afirmou que, quando o custo de capital é alto demais, como é o caso do Brasil, emperra investimentos no país. - Lucas Lima/UOL
Vice-presidente afirmou que, quando o custo de capital é alto demais, como é o caso do Brasil, emperra investimentos no país. Imagem: Lucas Lima/UOL

Lisandra Paraguassu

06/03/2023 11h53

BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu nesta segunda-feira a queda dos juros no país e afirmou que o governo irá tomar as medidas necessárias para que isso aconteça.

Em um evento organizado pela Federação Nacional dos Engenheiros, Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que, quando o custo de capital é alto demais, como é o caso do Brasil, emperra investimentos no país.

"É importante reduzir a taxa de juros. Por que o juro é tal alto? É cunha fiscal? Então vou tirar impostos. É falta de competitividade? Vamos aumentar a disputa entre bancos. É insegurança fiscal? Vamos dar segurança fiscal", disse o vice-presidente.

Alckmin defendeu a MP sobre reoneração de combustíveis, divulgada na semana passada.

Segundo o vice-presidente, ao reonerar a gasolina e deixar de fora gás e diesel, que impactam diretamente a inflação, e aumentar quase nada a taxação do etanol, o governo recupera a arrecadação sem grandes impactos nos preços, e ainda prioriza uma energia mais limpa.

O vice-presidente afirmou ainda que, dentro da agenda de competitividade do país, é preciso fazer a reforma tributária ainda este ano.

"Não é possível esse manicômio tributário em que nós vivemos. Vai tudo parar na Justiça", disse. "Essa é uma reforma central, e tem que ser rápido. Aproveitar o primeiro ano. Governo anterior perdeu essa oportunidade."