Margens da Tesla caem com política de descontos agressiva; ação recua
Por Akash Sriram e Hyunjoo Jin
(Reuters) - As margens da Tesla ficaram abaixo das estimativas do mercado para o primeiro trimestre, limitadas por uma série de cortes agressivos nos preços na intenção de estimular a demanda em uma economia em declínio e afastar a concorrência cada vez maior.
A Tesla, liderada por Elon Musk, divulgou nesta quarta-feira margem bruta total de 19,3%, em comparação com as expectativas de 22,4%, de acordo com 14 analistas consultados pela Refinitiv. Esse foi o valor mais baixo desde o quarto trimestre de 2020.
As ações da montadora com sede em Austin, no Texas, chegaram a recuar quase 4% no pós-mercado.
A fabricante de veículos elétricos tem reduzido seus preços diversas vezes nos Estados Unidos, na China e outros em mercados desde o final do ano passado, com Musk dizendo que a Tesla poderia sacrificar suas margens se fosse para impulsionar o crescimento no volume de vendas durante uma recessão.
No entanto, os analistas dizem que a Tesla talvez precise cortar ainda mais os preços, pressionada pela atual guerra de preços, especialmente na China, para sustentar a demanda por sua linha de modelos antigos, ainda que permaneça produzindo versões mais atualizadas nas fábricas da empresa em Berlim e no Texas.
Nos Estados Unidos, onde os recentes subsídios ao setor têm impulsionado modestamente as vendas, a Tesla reduziu seis vezes os preços dos carros até agora neste ano, o que diminuiu sua margem bruta automotiva. A empresa também ampliou os cortes de preços em Cingapura, Israel e Europa.
A Tesla reiterou na quarta-feira sua previsão de entregar cerca de 1,8 milhão de veículos este ano. A companhia disse anteriormente que entregou bem menos carros do que o produzido devido problemas de logística. No primeiro trimestre, a Tesla entregou cerca de 18 mil carros a menos do que produziu.
A empresa divulgou receita de 23,33 bilhões de dólares no primeiro trimestre, ante estimativa de 23,21 bilhões dólares, de acordo com consenso de 22 analistas consultados pela Refinitiv.
A empresa reportou lucro líquido de 2,5 bilhões de dólares, abaixo dos 3,32 bilhões de dólares registrados um ano antes.
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