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Taxas futuras de juros encerram dia perto da estabilidade com investidores à espera do Copom

21/06/2023 16h43

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A expectativa em torno da decisão de política monetária do Banco Central, marcada para o início da noite desta quarta-feira, permeou os negócios no Brasil durante todo o dia, e as taxas dos contratos futuros de juros permaneceram muito próximas da estabilidade, com leve viés de alta na ponta curta e leve viés de baixa na longa.

No mercado financeiro, a expectativa majoritária é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC mantenha a taxa básica Selic em 13,75% nesta quarta-feira, mas que passe indicações de que poderá cortá-la em 0,25 ponto percentual no encontro de agosto.

Como esta perspectiva já estava bem precificada na curva a termo, houve pouco espaço para oscilações das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) nesta quarta-feira. Conforme um profissional ouvido pela Reuters, os investidores apenas aguardavam o Copom.

Já os sinais trazidos pelo exterior foram mudando ao longo do dia. No fim da manhã, os rendimentos dos Treasuries subiam na esteira de declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, a deputados norte-americanos.

Ele reforçou a mensagem sobre o controle da inflação e disse que ainda há “um longo caminho a percorrer”. Ao mesmo tempo, ponderou que pode fazer sentido aumentar os juros a um “ritmo mais moderado”.

Com os comentários de Powell digeridos, os rendimentos dos Treasuries migraram para o terreno negativo durante a tarde, em especial entre os contratos de prazos maiores, o que exerceu influência marginal na ponta longa da curva a termo brasileira. Ainda assim, as taxas dos DIs não tiveram força para se afastar da estabilidade, com os investidores à espera do Copom.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 13,005%, ante 12,998% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11,1%, ante 11,078% do ajuste anterior. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 estava em 10,505%, ante 10,499% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,5%, ante 10,533%.

A curva a termo precificava apenas 7% de chances de o Banco Central reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual no encontro desta quarta-feira e 93% de probabilidade de ele manter a taxa em 13,75% ao ano. Para agosto, estão precificados 96% de chances de corte de 0,25 ponto percentual.

Às 16:37 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dois anos --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- subia 0,70 ponto-base, a 4,7045%.

Já o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- caía 1,00 ponto-base, a 3,7169%.