Dólar à vista cai ante real após oscilar em margens estreitas
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou a segunda-feira em queda no Brasil, depois de ter oscilado em margens bastante estreitas durante a sessão, com investidores repercutindo o noticiário externo e em meio a uma visão ainda favorável ao real, que vem segurando as cotações.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7662 reais na venda, com baixa de 0,24%.
Na B3, às 17:23 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,51%, a 4,7700 reais.
Pela manhã, a moeda norte-americana ensaiou uma alta ante o real, com as cotações repercutindo a turbulência na Rússia. Na sexta-feira, o país acusou o chefe mercenário Yevgeny Prigozhin, do grupo Wagner, de convocar um motim armado. Ainda no fim de semana, o motim foi aparentemente debelado, mas o evento ainda influenciava os negócios na manhã desta segunda-feira.
“Por um tempo achamos que a Rússia faria preço, mas o motim foi rapidamente debelado. Então, a previsão da S&P para o crescimento da China permeou um pouco os negócios”, comentou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital.
A S&P cortou a previsão de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2023, de 5,5% para 5,2%, ressaltando a natureza desigual da recuperação pós-reabertura do país. Foi o primeiro corte desse tipo feito por uma agência global de risco este ano e segue revisões feitas pelo Goldman Sachs e outros grandes bancos de investimento.
A ação da S&P elevou temores quanto à recuperação da economia do gigante asiático, o que em alguns momentos pressionou moedas de países exportadores de commodities, como o real brasileiro.
A cotação máxima do dia, no entanto, foi verificada logo no início dos negócios, às 9h01, quando o dólar marcou 4,7856 reais (+0,16%).
Com a moeda norte-americana sem força também no exterior, o dólar à vista migrou para o terreno negativo no Brasil ainda pela manhã, em meio à visão otimista sobre a economia brasileira, trazida por uma perspectiva fiscal positiva e pela projeção de maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) apontada pelo relatório Focus, entre outros fatores.
Às 10h45, a divisa à vista dos EUA atingiu a mínima da sessão, de 4,7582 reais (-0,40%).
Um operador ouvido pela Reuters, no entanto, chamou atenção para o fato de que o dólar oscilou em margens bastante estreitas, sem que houvesse mudança significativa nas posições dos diferentes agentes. Da máxima para a mínima, o dólar oscilou apenas 0,57%.
No exterior, durante a tarde, o dólar seguia perto da estabilidade ante uma cesta de moedas fortes e tinha sinais mistos ante moedas de países exportadores de commodities.
Às 17:23 (de Brasília), o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,01%, a 102,760.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de agosto.
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