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Trabalhadores da Boeing rejeitam nova oferta e greve continua

Milhares de funcionários da Boeing nos Estados Unidos votaram na quarta-feira para que a greve de mais de um mês na companhia continue, rejeitando a nova proposta de reajuste salarial da companhia, que segue tendo paralisada a produção de seus jatos mais vendidos.

As ações da Boeing caíam cerca de 3% antes da abertura dos negócios nesta quinta-feira nos EUA. A greve dos trabalhadores tem quase seis semanas e pressiona as finanças da companhia, além de preocupar clientes com possíveis novos atrasos na entrega de aeronaves.

Cerca de 64% dos trabalhadores das fábricas da costa oeste dos EUA rejeitaram a nova oferta de contrato de trabalho da Boeing. A oferta incluía um aumento salarial de 35% ao longo de quatro anos, mas nenhum plano de pensão com benefício definido, que é uma das principais exigências dos grevistas.

"A Boeing terá que chegar a um acordo e simplesmente fazer uma oferta mais alta, porque eles simplesmente não estão em posição de negociar", disse Nick Cunningham, analista da Agency Partners.

"Não descartaríamos um aumento de capital antes do fim da greve... dependendo das condições do mercado", disse Seth Seifman, analista do J.P. Morgan, em uma nota após a votação dos trabalhadores.

Na semana passada, a Boeing apresentou plano para levantar até 25 bilhões de dólares e evitar a perda de sua nota de empresa grau de investimento. A empresa também garantiu separadamente um crédito de 10 bilhões de dólares.

Mas, embora muitos analistas digam que a Boeing preferiria aguardar o fim da greve antes de recorrer aos mercados de capitais, a movimentação dos trabalhadores a colocou sob crescente pressão para reduzir preocupações de investidores.

Mesmo antes da votação dos 33 mil trabalhadores grevistas, o diretor financeiro da Boeing, Brian West, surpreendeu os analistas na quarta-feira ao reconhecer que a empresa continuaria a perder dinheiro em 2025.

West se recusou a falar sobre o momento de uma captação de recursos, mas disse aos analistas: "Estamos monitorando os acontecimentos de perto e acessaremos os mercados sempre que determinarmos que é o momento certo."

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