Ricos continuaram acumulando dinheiro durante a pandemia, diz Oxfam
De acordo com um documento divulgado pela ONG Oxfam hoje, a crise gerada pelo novo coronavírus mergulhou a economia global em uma recessão histórica - mas, paradoxalmente, diversas multinacionais e seus acionistas continuaram enriquecendo.
Segundo a ONG, 32 empresas, entre elas Microsoft, Intel, Apple, Walmart, Facebook, Google, Nestlé e o grupo farmacêutico Roche, devem lucrar este ano US$ 109 bilhões (cerca de R$ 578 milhões) a mais do que os resultados médios obtidos pelas companhias nos últimos quatro anos.
Paralelamente, os 25 bilionários mais ricos do mundo registraram um aumento no patrimônio, entre março e maio, estimado em US$ 255 bilhões (por volta de R$ 1,3 trilhão). Como exemplo, a Oxfam cita Jeff Bezos, dono da Amazon, cujas ações na bolsa subiram cerca de 76% desde janeiro.
O ganho de Bezos neste período, cuja fortuna é estimada em US$ 204 bilhões pela revista Forbes, equivaleria a distribuir um "prêmio" de US$ 105 mil aos 876 mil assalariados da empresa no mundo, segundo a Oxfam.
Limitar os ganhos
Em vários países, entre eles a França, os governos estimulam as empresas a adotar um comportamento diferente. Em seu discurso do 14 de julho, dia da festa nacional francesa, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu às empresas uma "moderação dos dividendos".
Isso seria sensato, disse o chefe de estado francês, principalmente depois das empresas terem utilizado ajudas disponibilizadas pelo governo, que pagou 84% dos salários dos empregados colocados em desemprego técnico durante a primeira onda da pandemia.
Para Quentin Parrinello, porta-voz da Oxfam na França, citado em um comunicado, "as ajudas públicas podem reforçar ainda mais a influência dos acionistas nas escolhas estratégicas das empresas, aumentar a desconexão com a economia real e atrasar a transição ecológica".
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