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Ações do Cruzeiro do Sul voltam a ser negociadas na Bovespa nesta quarta

05/06/2012 20h21Atualizada em 05/06/2012 20h42

SÃO PAULO - A Bovespa informou após o fechamento do pregão desta terça-feira (5) que as ações preferenciais (PN) do banco Cruzeiro do Sul (CZRS4) voltarão a ser negociadas a partir desta quarta-feira (6).

Os papéis estavam suspensos desde segunda-feira, quando o Banco Central anunciou intervenção na instituição, por meio do Regime de Administração Especial Temporária (Raet).

As ações do banco caíram quase 40% na semana passada, para R$ 7,60, depois que reportagem informou sobre os problemas enfrentados pela instituição e as negociações com o BTG Pactual para uma possível aquisição.

Entenda o caso

Nesta segunda-feira (4), o Banco Central anunciou uma intervenção de 180 dias no Banco Cruzeiro do Sul (CZRS4.SA), após identificar o  descumprimento de regras do sistema financeiro, que podem ter resultado num rombo de pelo menos R$ 1,2 bilhão.

A diretoria do banco foi destituída e, em seu lugar, assumiu o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O FGC é administrado pelos próprios bancos e tem como objetivo garantir os depósitos dos clientes em caso de quebra da instituição financeira.

Há suspeitas de fraudes contábeis para encobrir rombos no orçamento do banco. A PricewaterhouseCoopers vai realizar uma auditoria na instituição e o Fundo Garantidor de Crédito espera vender o Cruzeiro do Sul ao fim do processo. 

Na semana passada, as ações do banco desabaram 37% na Bovespa, em meio a rumores de que estava sendo negociada sua venda para o BTG Pactual (BBTG11.SA). A negociação com ações do Cruzeiro do Sul foi suspensa e deve durar pelo menos dois meses.

O Cruzeiro do Sul atua principalmente no crédito consignado e na oferta de empréstimos de curto prazo a empresas atrelados a recebíveis. A carteira total de financiamentos da instituição era de R$ 7,6 bilhões o fim do primeiro trimestre.  

Segundo o BC, a intervenção não afeta os negócios do Cruzeiro do Sul, que continuarão a funcionar normalmente. O Fundo que administra o banco temporariamente garante até R$ 70 mil por cliente.