Dólar fecha em alta reagindo a mercado externo e ata do Copom
O dólar subiu frente ao real refletindo o movimento no mercado externo e a perspectiva de que o Banco Central pode reduzir o ritmo de alta da taxa básica de juros já na próxima reunião. Lá fora, dados positivos do mercado de trabalho reforçaram a visão de que o Federal Reserve deve seguir com o processo de normalização da política monetária e elevar a taxa básica de juros neste ano, o que levou a moeda americana a subir frente às principais divisas.
O dólar comercial fechou em alta de 1,56% a R$ 2,6109. Já o contrato futuro para fevereiro avançava 1,32% para R$ 2,613.
Ontem, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) destacou no comunicado da última reunião que não deve elevar a taxa básica antes de junho. Muitos analistas, porém, veem a possibilidade do Fed iniciar o processo de normalização da política monetária a partir de junho, uma vez que a autoridade monetária americana vê a atividade econômica se expandindo a um ritmo sólido, contrastando com a visão do comunicado de dezembro, em que via a atividade em ritmo moderado. "A ata do Fed poderia ser mais ?dovish' e não foi. O mercado esperava que o Fed se mostrasse mais preocupado com a inflação baixa, o que não aconteceu", afirma Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos.
O dado de pedidos de auxílio-desemprego divulgado hoje reforçou essa visão, apontando um recuo para 265 mil na semana passada, enquanto a expectativa do mercado era de uma queda para 300 mil.
Lá fora, a moeda americana subia 1,74% frente ao dólar australiano, 1,36% diante da lira turca e 0,55% frente ao peso mexicano.
No mercado local, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) trouxe dúvidas sobre o ritmo de alta da taxa básica de juros daqui para frente. Muitos analistas passaram a enxergar a possibilidade do Banco Central reduzir o ritmo do aperto monetário para 0,25 ponto percentual na próxima reunião, elevando a Selic para 12,50%, após duas altas consecutivas de 0,5 ponto, o que também ajudou a sustentar a alta do dólar no mercado local.
Essa visão é sustenta pelo fato do BC retirar da ata a referência de que fará "o que for necessário" para que neste ano a inflação entre em um "longo" período de declínio que a leve à meta de 4,5% em 2016 - o que constava no último Relatório Trimestral de Inflação - , e também retirou a expressão "especialmente vigilante" do parágrafo que dá diretriz de política monetária.
O único consenso é que o ciclo de aperto monetário ainda não acabou, mas está perto do fim, o que é reforçado na ata ao mencionar que a demanda continua robusta e o avanço que foi feito ainda não se mostra "suficiente".
"A ata deixou em aberto a possibilidade de desaceleração do rito de alta da taxa Selic, com um aumento de mais 0,25 ponto percentual, podendo encerrar o ciclo de alta com a taxa básica de juros em 12,5%", afirma Solange, da Arx Investimentos.
Segundo a economista, o que justifica uma desaceleração do ritmo de alta é a perspectiva de fraca atividade econômica neste ano, com o risco de racionamento de energia podendo piorar esse quadro. Além disso, Solange lembra que o BC reconheceu que há alguns avanços na política fiscal, podendo mudar a sua avaliação de nutra para contracionista na próxima ata.
Analistas afirmam que o tom menos "hawkish" do BC pode estar relacionado à onda recente de afrouxamento monetário, com destaque para o Banco Central Europeu (BCE), que deve despejar pelo menos 1,4 trilhão de euros até setembro de 2016. Parte desse dinheiro pode migrar para o Brasil.
Isso poderia deixar o BC mais disposto a reduzir as intervenções no câmbio, levando agentes do mercado a ver a possibilidade de interromper a "ração" diária a partir de março, quando acaba a fase atual do programa de câmbio.
Por enquanto, o BC segue com as atuações no câmbio e renovou mais 10 mil contratos de swap cambial que venceriam em fevereiro, além de vender mais 2 mil contratos no leilão do programa de intervenção.
O dólar comercial fechou em alta de 1,56% a R$ 2,6109. Já o contrato futuro para fevereiro avançava 1,32% para R$ 2,613.
Ontem, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) destacou no comunicado da última reunião que não deve elevar a taxa básica antes de junho. Muitos analistas, porém, veem a possibilidade do Fed iniciar o processo de normalização da política monetária a partir de junho, uma vez que a autoridade monetária americana vê a atividade econômica se expandindo a um ritmo sólido, contrastando com a visão do comunicado de dezembro, em que via a atividade em ritmo moderado. "A ata do Fed poderia ser mais ?dovish' e não foi. O mercado esperava que o Fed se mostrasse mais preocupado com a inflação baixa, o que não aconteceu", afirma Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos.
O dado de pedidos de auxílio-desemprego divulgado hoje reforçou essa visão, apontando um recuo para 265 mil na semana passada, enquanto a expectativa do mercado era de uma queda para 300 mil.
Lá fora, a moeda americana subia 1,74% frente ao dólar australiano, 1,36% diante da lira turca e 0,55% frente ao peso mexicano.
No mercado local, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) trouxe dúvidas sobre o ritmo de alta da taxa básica de juros daqui para frente. Muitos analistas passaram a enxergar a possibilidade do Banco Central reduzir o ritmo do aperto monetário para 0,25 ponto percentual na próxima reunião, elevando a Selic para 12,50%, após duas altas consecutivas de 0,5 ponto, o que também ajudou a sustentar a alta do dólar no mercado local.
Essa visão é sustenta pelo fato do BC retirar da ata a referência de que fará "o que for necessário" para que neste ano a inflação entre em um "longo" período de declínio que a leve à meta de 4,5% em 2016 - o que constava no último Relatório Trimestral de Inflação - , e também retirou a expressão "especialmente vigilante" do parágrafo que dá diretriz de política monetária.
O único consenso é que o ciclo de aperto monetário ainda não acabou, mas está perto do fim, o que é reforçado na ata ao mencionar que a demanda continua robusta e o avanço que foi feito ainda não se mostra "suficiente".
"A ata deixou em aberto a possibilidade de desaceleração do rito de alta da taxa Selic, com um aumento de mais 0,25 ponto percentual, podendo encerrar o ciclo de alta com a taxa básica de juros em 12,5%", afirma Solange, da Arx Investimentos.
Segundo a economista, o que justifica uma desaceleração do ritmo de alta é a perspectiva de fraca atividade econômica neste ano, com o risco de racionamento de energia podendo piorar esse quadro. Além disso, Solange lembra que o BC reconheceu que há alguns avanços na política fiscal, podendo mudar a sua avaliação de nutra para contracionista na próxima ata.
Analistas afirmam que o tom menos "hawkish" do BC pode estar relacionado à onda recente de afrouxamento monetário, com destaque para o Banco Central Europeu (BCE), que deve despejar pelo menos 1,4 trilhão de euros até setembro de 2016. Parte desse dinheiro pode migrar para o Brasil.
Isso poderia deixar o BC mais disposto a reduzir as intervenções no câmbio, levando agentes do mercado a ver a possibilidade de interromper a "ração" diária a partir de março, quando acaba a fase atual do programa de câmbio.
Por enquanto, o BC segue com as atuações no câmbio e renovou mais 10 mil contratos de swap cambial que venceriam em fevereiro, além de vender mais 2 mil contratos no leilão do programa de intervenção.
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