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Dólar fecha o dia em leve alta, mas cai 1,77% na semana

10/04/2015 17h40


O dólar comercial fechou em alta frente ao real acompanhando o movimento no exterior, diante do aumento das apostas de que o Federal Reserve pode elevar a taxa básica de juros no meio do ano.

O dólar comercial subiu 0,16% e encerrou a R$ 3,0730. Apesar da alta, a moeda americana encerra a semana em queda de 1,77%, acumulando perda de 3,73% no mês.

Já o euro operava em alta de 0,22% a R$ 3,2680. No mercado futuro, o contrato para maio avançava 0,47% para R$ 3,092.

O movimento no mercado local acompanhou o mercado externo. O dólar subia frente às principais divisas com os investidores vendo a possibilidade de o Federal Reserve iniciar o processo de normalização da política monetária no meio do ano.

Hoje o presidente do Fed de Riachmond, Jeffrey Lacker, reiterou que vê forte argumento para que a autoridade monetária inicie em junho o ciclo de elevação da taxa básica de juros. "A menos que os dados econômicos venham a divergir substancialmente das projeções, eu espero que permanecerá forte o argumento pela elevação de juros em junho", disse Lacker, que tem direito a voto no comitê do Fed, em discurso preparado para apresentação em Sarasota.

A moeda americana avançava 0,23% frente ao dólar australiano, 0,43% diante da lira turca, 0,75% em relação ao peso mexicano.

No mercado local, investidores recompõem a posição na moeda americana, após o dólar ter atingido o piso de R$ 3,0558 na semana. "O dólar caiu mais que as taxas dos juros futuros e tinha mais espaço para correção, por isso o movimento no mercado de câmbio hoje é mais forte", afirma Juliano Ferreira, estrategista da Icap Corretora.

Apesar do alívio nesta semana, o J.P. Morgan segue vendo o dólar a R$ 3,20 ao fim deste ano, levando em conta uma série de variáveis como termos de troca, déficit em conta corrente e dívida do governo central, entre outras.

Para o J.P. Morgan, o principal determinante do comportamento do real nos próximos meses é a divulgação do balanço auditado da Petrobras. Até lá, diz o banco, um maior risco de crédito deve persistir, uma vez que os mercados temem também os impactos da crise na estatal sobre as contas fiscais e bancos públicos.

Ontem, a estatal comunicou que ainda não há data definida para a divulgação do balanço auditado de 2014. Pela regra americana o balanço deveria sair até o fim deste mês.

Caso a estatal não reporte seus resultados auditados, em meio a mais tensão política e preocupação fiscal, a moeda americana pode terminar este trimestre em R$ 3,30, aponta o banco.