Inflação da baixa renda acelera em maio e acumula 8,97% em 12 meses
Depois de abrandar em abril, a inflação dos produtos mais consumidos pelas famílias de baixa renda voltou a acelerar em maio, por causa das contas de luz e água e dos alimentos in natura.
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,95% no quinto mês deste ano, na sequência de uma alta de 0,74% em abril.
No ano, o índice de preços acumulou aumento de 6,31%; em 12 meses, teve elevação de 8,97%. Em maio do ano passado, o índice subiu 0,58%.
A inflação das famílias de menor renda, que recebem até 2,5 salários mínimos mensais, foi maior que a das famílias em geral, esta medida pelo IPC-BR, que subiu 0,72% em maio e 8,63% em 12 meses.
Habitação e alimentação têm maiores altas
Metade das oito classes de despesa que compõem o índice registrou taxas mais altas entre abril e maio, com destaque para Habitação (0,64% para 1,16%) e Alimentação (0,82% para 1,16%), pressionadas pela tarifa de eletricidade residencial (1,26% para 2,81%) e conta de água e esgoto (0,15% para 2,41%) no primeiro caso e hortaliças e legumes (1,39% para 11,28%) no segundo.
Também avançaram mais entre um mês e outro Despesas diversas (0,36% para 1,53%) e Educação, leitura e recreação (0,22% para 0,36%), pressionados por jogo lotérico (estabilidade para 20,62%) e salas de espetáculo (-0,25% para 1,63%), respectivamente.
Em contrapartida, com redução no ritmo de alta, apareceram Saúde e cuidados pessoais (1,80% para 1,54%) e Vestuário (0,99% para 0,81%).
Transportes foram de elevação de 0,18% para queda de 0,19% e Comunicação seguiu no campo negativo, indo de baixa de 0,24% para recuo de 0,30%.
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