Dólar volta a superar R$ 4 com tensões sobre China e teste na Coreia
O dólar subiu frente ao real nesta quarta-feira, acompanhando o movimento no exterior diante de preocupações com a economia chinesa e tensões geopolíticas envolvendo a Coreia do Norte.
O dólar comercial fechou em alta de 0,56%, cotado a R$ 4,0164. O euro caía 0,25% para R$ 4,3229.
No mercado futuro, o dólar zerou a alta e passou a cair após a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que saiu às 17h, após o fechamento do mercado à vista.
O contrato para fevereiro de 2016 recuava 0,17% para R$ 4,039.
A ata voltou a destacar que as condições econômicas asseguram "aumentos graduais" da taxa de juros. Os membros do Fomc esperam que a inflação suba gradualmente conforme os preços de energia se estabilizarem, embora vejam uma redução considerável da folga no mercado de trabalho desde o início de 2015.
Já o mercado de câmbio à vista acompanhou a valorização da moeda americana frente às principais divisas emergentes após a divulgação de dados mais fracos do setor de serviço na China e também a publicação de notícias sobre testes nucleares pela Coreia do Norte, que desencadearam um movimento de aversão a risco.
O índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços da China, medido pelo grupo de mídia Caixin em parceria com o Instituto Markit, apontou recuo em dezembro para 50,2 em relação aos 51,2 registrados no mês anterior. A queda coloca o indicador muito próximo do terreno de contração e aumenta a preocupação com uma desaceleração mais forte do mercado asiático, e afetou principalmente as moedas atreladas a commodities.
O banco central da China reduziu novamente a cotação de referência do yuan em relação ao dólar para o menor nível desde abril de 2011, que passou para 6,5314 yuans por dólar.
Lá fora, a moeda americana avançava 1,40% em relação ao dólar australiano, 0,39% diante da lira turca e 1,11% frente ao rand sul-africano.
No mercado local, o Banco Central divulgou o fluxo cambial de 2015, que ficou positivo em US$ 9,414 bilhões, mostrando uma recuperação em relação ao saldo negativo de US$ 9,287 bilhões registrado em 2014. Esse é o melhor resultado desde 2012, quando o saldo cambial ficou positivo em US$ 16,753 bilhões.
O saldo positivo em 2015 foi impulsionado pelo ingresso na conta comercial, cujo saldo líquido somou US$ 25,486 bilhões e foi resultado de uma forte queda na contratação de câmbio para importação. O aumento foi de 516% em relação ao saldo positivo de US$ 4,137 bilhões em 2014.
Já na conta financeira, o saldo ficou negativo em US$ 16,071 bilhões, superior aos US$ 13,424 bilhões registrados em 2014 e é o pior resultado desde 2013.
Em dezembro, o fluxo cambial foi negativo em US$ 2,956 bilhões.
Dessa forma, os bancos encerraram dezembro com uma posição vendida em dólar no mercado à vista de US$ 20,139 bilhões ante US$ 18,2987 bilhões em novembro.
O BC segue com os leilões de rolagem e renovou hoje mais 11.600 contratos de swap cambial que venceriam em fevereiro.
No mês passado, o Banco Central realizou a venda líquida de US$ 315 milhões por meio de leilões de linha com compromisso de recompra, resultado da liquidação da venda de US$ 2,300 bilhões no mês e da liquidação da recompra de US$ 1,985 bilhão de linhas que venceram.
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