Dólar recua e é negociado na casa de R$ 4,02
O dólar comercial era negociado em baixa desde a abertura e as taxas dos contratos futuros de juros subiam, com os investidores reforçando as apostas na retomada do ciclo de aperto monetário após as declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, na última sexta-feira.
Ao redor das 9h30, o DI para janeiro de 2017 passava de 15,53% para 15,645%. Já o DI para janeiro de 2021 operava a 16,37% ante 16,34% do ajuste anterior.
No câmbio, o dólar comercial cedia 0,44%, para R$ 4,0216.
As declarações do presidente do BC na última sexta-feira contribuíram para reforçar as apostas na retomada do ciclo de aperto monetário na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para 19 e 20 de janeiro.
Em carta ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para justificar o estouro do teto da meta de inflação em 2015, Tombini refirmou a mensagem de que o BC vai tomar as "medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas, ou seja, circunscrever a inflação aos limites estabelecidos pelo CMN [Conselho Monetário Nacional], em 2016, e fazer convergir a inflação para meta de 4,5% em 2017", destacando que a política monetária deve manter-se "vigilante".
O presidente do BC afirmou que a inflação em 2015 refletiu o ajuste de preços relativos e que as expectativas de inflação foram impactadas por eventos negativos relacionados à definição fiscal. No ano passado, o IPCA fechou em alta de 10,67%, bem acima do teto da meta de 6,5%, maior nível desde 2002.
Na sexta-feira, Barbosa sustentou que o controle da inflação é prioridade para o governo.
Hoje, a pesquisa Focus mostrou uma piora das expectativas de inflação para este ano. A mediana das projeções dos analistas para o IPCA no fim de 2016 subiu de 6,87% para 6,93%, ficando estável em 5,20% para o fim de 2017.
Já a mediana das projeções para taxa Selic para o fim deste ano ficou estável em 15,25%, caindo para 12,75% ao fim de 2017.
O mercado ainda prevê uma retração maior do PIB, cuja mediana das projeções passou de queda de 2,95% para um recuo de 2,99% para o fim de 2016. Para o fim de 2017, a mediana das estimativas dos analistas também piorou e passou de crescimento de 1% para um avanço de 0,86%.
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