Rumo: Conselho recomenda cancelar aumento de capital e ações desabam
O conselho de administração da Rumo Logística recomendou o cancelamento do aumento de capital de R$ 650 milhões anunciado em dezembro pela empresa e a diretoria da companhia está fazendo estudos para viabilizar uma nova captação de mercado, da ordem de R$ 2 bilhões, dos quais R$ 250 milhões - no mínimo - serão aportados pela controladora Cosan Logística.
Por meio de fato relevante divulgado nesta sexta-feira, a Rumo e a Cosan informaram que a decisão de cancelar a captação se dá em função do cenário macroeconômico atual, que coloca "potencialmente em risco a captação do montante mínimo necessário à homologação parcial do aumento de capital". "Diante disso, o conselho de administração decidiu recomendar o cancelamento da operação atualmente em curso e convocar nos próximos dias uma nova assembleia geral extraordinária para referendar o cancelamento", diz a Rumo.
Após iniciarem mais um pregão de baixas, as ações da Rumo Logística ampliaram as perdas e registraram, por volta das 11h10, desvalorização de 17,24%, a R$ 2,16, liderando com folga as perdas do Ibovespa. Por esse motivo, os papéis entraram novamente em leilão. O principal índice da bolsa tinha, no horário, queda de 2,11%, a 38.666 pontos.
Em relação à nova captação, recomendada também pelo conselho à diretoria, o objetivo é viabilizar uma negociação para reperfilamento de parte das dívidas bancárias com vencimento em 2016, 2017 e 2018 e também para a finalização das negociações junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o financiamento do projeto de expansão e recuperação as malhas ferroviárias exploradas pela empresa, conforme plano de negócios já divulgado.
No fato relevante, a Rumo cita a "instabilidade no mercado acionário nacional e internacional" que levou a uma "queda acentuada" na cotação das ações emitidas pela companhia e negociadas na BM&FBovespa. Ontem, os papéis fecharam em forte queda de 21,62%, a R$ 2,61, acumulando um recuo de 42,64% na semana e de 56,35% no mês.
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