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Juros futuros têm alta com piora da perspectiva para quadro fiscal

25/02/2016 16h20

As taxas dos contratos futuros subiram na BM&F, refletindo a leitura de que a deterioração do quadro fiscal e a possibilidade de novos rebaixamentos reduzem o espaço para um possível corte da taxa Selic neste ano.

O DI para janeiro de 2017 subiu de 14,17% para 14,205%, enquanto o DI para janeiro de 2018 avançou de 14,57% para 14,66%. E o DI para janeiro de 2021 teve alta de 15,52% para 15,69% .

Hoje o Tesouro Nacional anunciou o resultado do governo central apresentou superávit primário de R$ 14,835 bilhões em janeiro, que foi impulsionado pela receita de R$ 11 bilhões referente ao leilão das usinas hidrelétricas, realizado em novembro.

Embora o resultado tenha vindo acima do esperado pelo mercado, a perspectiva não é de melhora da dívida pública, afirma Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos. Nesse cenário, ele não vê espaço para o BC cortar juros neste ano. "Não vemos uma melhora do quadro fiscal. O Brasil tem a segunda maior relação dívida/PIB do mundo, só perdendo para a Índia", afirma.

Hoje o Tesouro Nacional vendeu hoje 3,5 milhões de Notas do Tesouro Nacional - série F (NTN-F) e 7.382.200 Letras do Tesouro Nacional (LTN) de um total de 8 milhões de papéis ofertados, cuja operação somou R$ 8,231 bilhões.