Governo central tem maior déficit primário desde 1997
O governo central registrou déficit primário de R$ 25,070 bilhões em fevereiro, o pior resultado para o mês na série histórica iniciada em 1997. O governo central reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC).
O saldo negativo é quase o dobro da média estimada por 12 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que projetavam déficit primário de R$ 13,4 bilhões do governo central em fevereiro. Esse resultado corresponde à diferença entre receitas e despesas, sem contar o pagamento de juros da dívida pública.
Com o rombo em fevereiro, o resultado do bimestre passou a ser deficitário em R$ 10,273 bilhões - que também é o pior resultado da série histórica. Em 12 meses, a situação também não é nada fácil. O resultado negativo, corrigido pelo IPCA, somou R$ 131,85 bilhões (2,22% do PIB).
Diante do quadro de dificuldades para cumprimento das metas fiscais, a equipe econômica encaminhou na segunda-feira ao Congresso Nacional um projeto de lei para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. O governo pediu uma redução de R$ 24 bilhões para R$ 2,756 bilhões na meta de superávit primário do governo central.
Além disso, com a alegação de necessidade de manter investimentos para ajudar na retomada da economia, também foi solicitado um abatimento de R$ 99,45 bilhões, o que permitiria um déficit de R$ 96,65 bilhões neste ano.
Segundo os números divulgados nesta terça-feira, o desempenho do resultado do governo central de fevereiro é reflexo de um déficit do Tesouro Nacional de R$ 14,790 bilhões, déficit de R$ 17 milhões do Banco Central e déficit de R$ 10,262 bilhões da Previdência Social.
Investimento
Os investimentos do governo federal somaram R$ 9,583 bilhões no bimestre. A cifra é inferior aos R$ 11,196 bilhões apurados no mesmo período de 2015. Os valores incluem os gastos com programas como o de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida.
No PAC, os desembolsos no bimestre foram de R$ 6,961 bilhões - resultado 6,8% inferior aos que foi apurado no mesmo período de 2015, quando foram registrados R$ 7,468 bilhões. No caso do Minha Casa, Minha Vida, o investimento foi de R$ 1,249 bilhão, 54,6% menor que em 2015.
Receitas e despesas
Impactada pela baixa atividade da economia, a receita líquida total do governo central teve uma queda real de 1,4% no primeiro bimestre na comparação com o mesmo período de 2015, somando R$ 191,325 bilhões. Em termos nominais, houve avanço de 9%.
Já a despesa total registrou uma elevação real de 5,7% no acumulado dos dois primeiros meses do ano (ou crescimento de 16,8% em termos nominais), atingindo R$ 201,599 bilhões.
Considerando apenas o mês de fevereiro, a receita líquida total do governo central teve uma queda real de 13% ante mesmo mês de 2015 e uma retração de 4% considerando valores nominais, somando R$ 67,397 bilhões, enquanto as despesas subiram no mês 8% em valores reais e 19,2% em termos nominais, totalizando R$ 92,467 bilhões.
Os gastos com abono salarial e seguro-desemprego somaram R$ 13,191 bilhões no primeiro bimestre, o que representa uma elevação 81,9% ante mesmo período do ano anterior. Somente em fevereiro, essa despesa foi de R$ 6,504 bilhões, uma alta de 160,7% na comparação com o mesmo mês de 2015.
Para o ano, a equipe econômica prevê que as despesas com abono salarial e seguro-desemprego devem somar R$ 59,866 bilhões.
O saldo negativo é quase o dobro da média estimada por 12 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que projetavam déficit primário de R$ 13,4 bilhões do governo central em fevereiro. Esse resultado corresponde à diferença entre receitas e despesas, sem contar o pagamento de juros da dívida pública.
Com o rombo em fevereiro, o resultado do bimestre passou a ser deficitário em R$ 10,273 bilhões - que também é o pior resultado da série histórica. Em 12 meses, a situação também não é nada fácil. O resultado negativo, corrigido pelo IPCA, somou R$ 131,85 bilhões (2,22% do PIB).
Diante do quadro de dificuldades para cumprimento das metas fiscais, a equipe econômica encaminhou na segunda-feira ao Congresso Nacional um projeto de lei para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. O governo pediu uma redução de R$ 24 bilhões para R$ 2,756 bilhões na meta de superávit primário do governo central.
Além disso, com a alegação de necessidade de manter investimentos para ajudar na retomada da economia, também foi solicitado um abatimento de R$ 99,45 bilhões, o que permitiria um déficit de R$ 96,65 bilhões neste ano.
Segundo os números divulgados nesta terça-feira, o desempenho do resultado do governo central de fevereiro é reflexo de um déficit do Tesouro Nacional de R$ 14,790 bilhões, déficit de R$ 17 milhões do Banco Central e déficit de R$ 10,262 bilhões da Previdência Social.
Investimento
Os investimentos do governo federal somaram R$ 9,583 bilhões no bimestre. A cifra é inferior aos R$ 11,196 bilhões apurados no mesmo período de 2015. Os valores incluem os gastos com programas como o de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida.
No PAC, os desembolsos no bimestre foram de R$ 6,961 bilhões - resultado 6,8% inferior aos que foi apurado no mesmo período de 2015, quando foram registrados R$ 7,468 bilhões. No caso do Minha Casa, Minha Vida, o investimento foi de R$ 1,249 bilhão, 54,6% menor que em 2015.
Receitas e despesas
Impactada pela baixa atividade da economia, a receita líquida total do governo central teve uma queda real de 1,4% no primeiro bimestre na comparação com o mesmo período de 2015, somando R$ 191,325 bilhões. Em termos nominais, houve avanço de 9%.
Já a despesa total registrou uma elevação real de 5,7% no acumulado dos dois primeiros meses do ano (ou crescimento de 16,8% em termos nominais), atingindo R$ 201,599 bilhões.
Considerando apenas o mês de fevereiro, a receita líquida total do governo central teve uma queda real de 13% ante mesmo mês de 2015 e uma retração de 4% considerando valores nominais, somando R$ 67,397 bilhões, enquanto as despesas subiram no mês 8% em valores reais e 19,2% em termos nominais, totalizando R$ 92,467 bilhões.
Os gastos com abono salarial e seguro-desemprego somaram R$ 13,191 bilhões no primeiro bimestre, o que representa uma elevação 81,9% ante mesmo período do ano anterior. Somente em fevereiro, essa despesa foi de R$ 6,504 bilhões, uma alta de 160,7% na comparação com o mesmo mês de 2015.
Para o ano, a equipe econômica prevê que as despesas com abono salarial e seguro-desemprego devem somar R$ 59,866 bilhões.
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