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Inflação pelo IGP-M abranda para 0,32% na segunda prévia de julho

19/07/2016 08h31

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou de 1,33% na segunda prévia de junho para 0,32% no mesmo período em julho, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse movimento foi influenciado pela forte descompressão dos preços agropecuários no atacado, que tinham disparado em junho. O IGP-M é um indicador que serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel.

No atacado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) saiu de aumento de 1,81% na parcial de junho para 0,15% na segunda medição de julho. Os produtos agropecuários deixaram um avanço de 4,71% para 0,21%, graças à queda dos preços da soja em grão (13,04% para -2,08%), milho (5,95% para -11,05%) e batata-inglesa (13,08% para -12,40%). Por outro lado, o feijão ainda seguiu em alta, embora tenha ocorrido um abrandamento (de 29,68% para 22,75%). Leite in natura (de 4,92% para 5,78%) e industrializado (8,61% para 15,52%) ficaram mais caros. Os produtos industriais passaram de elevação de 0,66% para 0,12%, influenciados principalmente pelo recuo do minério de ferro (-1,79% para -10,71%).

No varejo, a inflação também cedeu. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,29% na segunda prévia de julho, ante 0,35% no mesmo período do mês anterior. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram taxas mais baixas, com destaque para Habitação (0,70% para 0,28%), grupo influenciado pela tarifa de eletricidade residencial (de 0,83% para -0,60%).

Vestuário (0,82% para -0,08%), saúde e cuidados pessoais (0,81% para 0,59%), despesas diversas (1,46% para 0,63%), comunicação (0,23% para 0,00%) e transportes (-0,17% para -0,21%) também cederam com roupas (0,90% para -0,43%), medicamentos em geral (0,74% para -0,07%), cigarros (2,74% para -0,38%), mensalidade para internet (2,71% para -0,20%) e automóvel novo (0,99% para 0,29%), respectivamente.

Em contrapartida, o movimento registrado em alimentação (0,04% para 0,40%) e educação, leitura e recreação (-0,03% para 0,83%) refletiu os itens laticínios (2,66% para 6,81%) e passagem aérea (-6,62% para 25,82%), nesta ordem.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,46% na parcial de julho, após incremento de 0,48% em mesmo intervalo do mês anterior. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação positiva de 0,12% e aquele que representa o custo da mão de obra teve acréscimo de 2,62%.