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Vale conseguiu redução "estupenda" de custos, diz Ferreira

28/07/2016 15h36

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse nesta quinta-feira que a companhia conseguiu uma redução "estupenda" de custos no primeiro semestre, economizando US$ 1,8 bilhão em relação ao primeiro semestre do ano passado. Entre janeiro e junho, os custos e despesas da companhia atingiram US$ 9,852 bilhões.

Só no segundo trimestre, esses custos e despesas foram de US$ 5,287 bilhões, contra US$ 5,925 bilhões em igual período do ano passado.

Em teleconferência para analistas, o presidente da Vale classificou os resultados da companhia, anunciados esta manhã, como positivos. Na avaliação do executivo, a empresa teve uma "boa performance operacional e financeira" no segundo trimestre deste ano.

Mitsui

O diretor-executivo de finanças da Vale, Luciano Siani, disse que a empresa está discutindo ajustes com a Mitsui para a conclusão do acordo de venda de uma fatia do negócio de carvão da mineradora em Moçambique, na África.

"Todo mês nos reunimos em Londres", disse Siani.

Os encontros, segundo ele, servem para discutir o financiamento ao projeto de carvão em Moçambique. Ele afirmou ainda, em resposta a um analista, que é "exagero" falar em revisão geral do acordo.

Hoje a edição impressa do Valor informa que a Vale fechou ontem as condições do acordo com a Mitsui envolvendo a transação em Moçambique. Segundo estimativas de mercado, o valor final a ser pago pelos japoneses pela mina de Moatize será inferior ao acordado originalmente.

Siani não entrou em detalhes na teleconferência.

Ferreira disse que as discussões sobre a venda estão em fase adiantada. "Temos um acordo válido [com Mitsui] e estamos em fase de cumprimento das condições precedentes", disse o presidente.

Minério de ferro

O diretor de ferrosos e estratégia da Vale, Peter Poppinga, afirmou que os estoques de minério de ferro na China estão em níveis baixos. "Nunca vi estoques tão baixos na China", disse Poppinga.

De acordo com o executivo, a demanda por minério de ferro está forte e, embora os estoques nos portos chineses sejam altos, esses volumes de reserva das siderúrgicas são baixos ao longo da cadeia produtiva.

Poppinga disse que, se a demanda continuar firme, será difícil ter um preço para o minério de ferro abaixo de US$ 50 por tonelada.

Poppinga acrescentou que o S11D, o maior projeto de minério de ferro da história da companhia, vai entrar em operação em 2017, mas os volumes de produção estarão limitados pela capacidade da Estrada de Ferro de Carajás (EFC).

Segundo Poppinga, a Vale vai continuar priorizando margens, ao invés de volumes na área de minério de ferro.