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Bovespa fecha em baixa e acumula queda de 2,71% na semana

09/09/2016 18h16

Depois de a bolsa de valores subir quase 40% no ano, os investidores decidiram vender ações para embolsar os lucros acumulados até agora. O Ibovespa fechou o pregão em baixa de 3,71% aos 58 mil pontos, com giro financeiro de R$ 6,5 bilhões. Na semana, a bolsa acumula queda de 2,71%, mas no ano a valorização é de 33,79%.

O gatilho que detonou a venda de ações veio dos Estados Unidos. Um dos integrantes do conselho do Fed, o banco central americano, Daniel Tarullo, disse em entrevista à CNBC que não descartaria a possibilidade de elevação das taxas de juros dos Estados Unidos ainda neste ano, mas evitou dizer se o Fed deve atuar já em sua próxima reunião, nos dias 20 e 21 de setembro.

Essa declaração somou-se a comentários feitos mais cedo pelo presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren: "Tendo em vista quão próximo está a economia dos Estados Unidos de que se cumpra o mandato dual do Fed - preços estáveis e máxima sustentabilidade do emprego -, é razoável perguntar se o atual grau de acomodação da política monetária permanece necessário", disse Rosengren, em uma apresentação.

Os discursos desencadearam quedas nas bolsas americanas. Uma alta dos juros nos Estados Unidos não favorece o investimento no mercado de ações. O índice S&P 500 caiu 2,45%, o Nasdaq teve baixa de 2,54% e o Dow Jones recuou 2,13%. O mau humor dos investidores ganhou força com a queda no preço internacional do petróleo. O contrato de petróleo WTI para outubro fechou com baixa de 3,65% a US$ 45,88 o barril.

Aqui, as ações preferenciais da Petrobras tiveram baixa de 4,99%, os papéis ordinários da estatal caíram 5,43%. As ações ordinárias da Vale recuaram 5,22% e os papéis PNA tiveram baixa de 4,73%.

As maiores quedas do dia ficaram com os papéis preferenciais da Cemig, com baixa de 7,41%, seguidos pelas ações ordinárias da Cyrela com baixa de 6,73% e os papéis ordinários da CSN, que caíram 6,48%.

Somente duas ações fecharam em alta. As ações ordinárias da Fibria subiram 2,90% e os papéis PNA da Suzano Papel e Celulose tiveram alta de 0,93%. As duas empresas são exportadoras e se beneficiam da valorização do dólar. A cotação da moeda norte-americana subiu 1,96% para R$ 3,2747.