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Commodities puxam Bolsa; dólar sai abaixo de R$ 3,18 seguindo exterior

18/10/2016 13h26

O Ibovespa tem mais um dia positivo, seguindo os mercados internacionais e ainda com analistas se baseando em boas perspectivas para o Brasil. O índice da Bolsa paulista subia 0,91% às 13h22, para 63.266 pontos.

Ações de empresas ligadas a commodities eram o destaque de alta do Ibovespa. Gerdau PN ganhava 4,82%, seguida por Gerdau Metalúrgica PN (3,39%), Petrobras PN (3,08%), Bradespar PN (3,07%), CSN ON (2,72%) e Usiminas PNA (2,51%).

Ontem, o conselho de administração da Petrobras aprovou a venda da Nansei Seikyu, empresa localizada na ilha de Okinawa, no Japão, para a Taiyo Oil Company por US$ 129,285 milhões, com pagamento integral previsto para dezembro de 2016.

No caso da BR Distribuidora, o Valor informa que o Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour receberam prospectos da subsidiária para participar do processo competitivo de aquisição de fatia da empresa, com um braço de varejo formado pela BR Mania.

As ações da Estácio (2,37%) e da Kroton (2,89%) também sobem. O Congresso tem sessão hoje para apreciar e tentar votar o projeto que libera para o Ministério da Educação (MEC) um crédito suplementar de R$ 1,1 bilhão. Deste montante, deverão sair R$ 702 milhões para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Nas quedas, Qualicorp perdia 1,46% e Energias do Brasil perdia 0,90%. Segundo operadores, os investidores estão preocupados com a situação financeira da Unimed-Rio, do grupo Qualicorp. Energias do Brasil divulgou ontem à noite que a energia total distribuída pela empresa caiu 5% no terceiro trimestre.

Fora do Ibovespa, as units da Via Varejo abriram disparando, mas viraram e passaram a cair 3%. Mais cedo, a Via Varejo informou em comunicado que "não tem conhecimento sobre nenhum ato ou fato" que justifique a forte alta das ações e units da companhia registrada desde sexta-feira.

Câmbio

O dólar chega nesta tarde em queda frente ao real, seguindo o movimento da moeda no exterior, após dados mais fracos de inflação nos Estados Unidos não endossarem novas apostas de alta dos juros americanos neste ano.

O núcleo do índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,1% em setembro, metade da alta de 0,2% esperada por analistas. O índice cheio avançou 0,3%, em linha com as expectativas.

Autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central americano) têm dado sinais divergentes nas últimas semanas. Na sexta-feira passada, a presidente do Fed, Janet Yellen, disse que o BC americano pode deixar a inflação ultrapassar a meta de 2%. No mesmo dia, o vice-presidente do Fed afirmou que taxas de juros muito baixas por muito tempo poderiam ameaçar a estabilidade econômica, mas ponderou que "não é tão simples assim" o Fed subir juros.

Às 13h22, o dólar comercial caía 0,90%, a R$ 3,1771. O dólar para novembro cedia 0,64%, a R$ 3,1925.

Juros

Os juros futuros de prazos mais longos caem na BM&F nesta terça-feira, enquanto as taxas mais curtas pouco oscilam, com os investidores evitando alterar substancialmente apostas para a decisão de amanhã do Comitê de Política Monetária (Copom).

O volume de negócios mais baixo que o normal para o horário é mais uma evidência de que o mercado entrou em modo de espera da decisão de política monetária.

A curva de juros embute apenas 20% de chance de o Banco Central (BC) cortar a Selic em 0,50 ponto percentual amanhã. Essa precificação chegou a oscilar em torno de 45% na sexta-feira passada, quando o anúncio do corte nos preços dos combustíveis pela Petrobras ditou especulações sobre queda mais rápida da inflação. No entanto, o mercado reavaliou o impacto da medida sobre o IPCA e - baseado na ausência de indicações mais contundentes pelo BC de um afrouxamento monetário mais forte - voltou a reforçar a aposta em corte de 0,25 ponto.

Às 13h18, o DI janeiro de 2018 ia a 11,980% ao ano, frente a 11,970% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2019 tinha taxa de 11,330%, contra 11,340% no último ajuste. E o DI janeiro de 2021 apontava 11,190%, de 11,250% ontem.