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Juros futuros recuam com percepção de inflação baixa e queda do dólar

17/04/2017 10h29

Os juros futuros operam em queda nesta segunda-feira, na véspera da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O recuo nas taxas é direcionado pela percepção de baixa inflação no país, após ajuste nas estimativas para o IPCA no Focus e queda no IGP-10 de março. Dentre outros fatores, o movimento também reflete a queda do dólar ante o real e o enfraquecimento dos juros dos títulos do Tesouro americano.


O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) teve em abril a menor taxa desde o início da série disponibilizada pela FGV, em 1998 - o indicador registrou deflação de 0,76% em abril, após alta de 0,05% em março.


A percepção de inflação baixa também foi mostrada pelo Boletim Focus. A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu - pela sexta semana consecutiva - de 4,09% para 4,06% em 2017. Para 2018, recuou - pela segunda semana - de 4,46% para 4,39%. A mediana para 12 meses teve leve queda, de 4,60% para 4,59%.


Os analistas mantiveram a expectativa de que a Selic, atualmente em 11,25%, caia a 8,50% até o fim deste ano. Na visão do mercado, essa taxa será mantida até dezembro de 2018.


Às 10h26, o DI janeiro de 2018 cai a 9,620%, ante 9,650% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2019 recua a 9,410%, ante 9,460%. O DI janeiro de 2021, por sua vez, opera a 9,900% (9,950% no ajuste anterior).


Já na arena política, as atenções se voltam para a apresentação, prevista para amanhã, do parecer do relator da reforma da previdência. As novidades da Lava Jato e preocupações com impacto na Previdência mantêm os investidores pouco mais cautelosos.


Na sexta-feira, quando os mercados estavam fechados, foram divulgados indicadores que alimentaram algumas dúvidas sobre o crescimento econômico nos Estados Unidos. Entre fevereiro e março, as vendas no varejo tiveram o pior desempenho bimestral em dois anos. Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou negativo em março pela primeira vez em mais de um ano.


No mercado de câmbio, o dólar comercial perdia 1,20%, para R$ 3,1086.