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Temer chama desemprego de "pior herança" e promete salvar Previdência

12/05/2017 13h35

Em discurso sobre as realizações de seu primeiro ano de governo, após o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), que completa hoje um ano, o presidente Michel Temer (PMDB) exaltou a queda da inflação, da taxa de juros e a retomada dos lucros da Petrobras.


O pemedebista afirmou que o desemprego, que hoje atinge 14 milhões de brasileiros, "é a pior herança de uma época de gastos descontrolados", mas advertiu que, com as reformas em andamento, "em breve começará a ceder".


As declarações foram dadas durante reunião no Palácio do Planalto com ministros, parlamentares e representantes de empresas e bancos públicos.


Segundo Temer, o "otimismo já começa a transparecer na fala e nos gestos do povo brasileiro". O presidente ressaltou que a modernização trabalhista, aprovada na Câmara, vai gerar novos empregos.


"Com as reformas em curso, os investimentos estão voltando", apontou Temer. Ele citou como exemplo os recentes leilões de portos, aeroportos e linhas de transmissão e acrescentou que o mesmo sucesso será obtido com os próximos leilões de campos de petróleo, que estão sendo retomados agora.


"A Petrobras no primeiro trimestre obteve lucro de R$ 4,450 bilhões", exaltou Temer. O presidente observou que, no ano passado, quando ele assumiu, a estatal era "motivo de envergonhamento do povo brasileiro", devido ao escândalo de corrupção, mas agora voltou a ser motivo de orgulho.


O presidente afirmou, ainda, que imaginava que somente no fim do ano poderia dizer que a inflação veio abaixo da meta, mas ponderou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que chegará em 4,08% antes. "Meirelles disse que está em 4,08%", disse o presidente, citando a previsão para o fim do ano. O atual centro da meta de inflação é 4,5%.


Temer observou que a queda da inflação protege o bolso do trabalhador. "Se derrubamos a inflação, estamos protegendo os pobres, e essa ação redunda na queda dos juros, que estão caindo", disse.


O presidente rebateu as críticas da oposição de que a reforma trabalhista vai retirar direitos dos trabalhadores, lembrando que essas prerrogativas estão garantidas na Constituição Federal. "Não haverá nenhum direito a menos para o trabalhador brasileiro."


Previdência


O presidente afirmou que é uma tarefa importantíssima para os próximos dias "salvar" a Previdência Social, em referência à análise pelos deputados da proposta que revê as regras previdenciárias.


Segundo ele, o país sairá desse debate com uma Previdência Social mais justa a partir dos avanços negociados com o Congresso e com perspectiva de equilíbrio das contas públicas, sem deixar o país chegar ao ponto de pedir esmola. "Não tenho dúvida de que vamos conseguir aprovar a reforma", disse Temer.


O pemedebista disse ter honra e felicidade de liderar uma travessia, definida como seu dever, e procurou demonstrar otimismo com o próximo ano de gestão. "Esse ano foi intenso e o saldo é positivo", disse. Já temos resultados concretos, ótimos motivos para manter confiança (...) e teremos um país reestruturado", afirmou.


Temer disse que arrumar a casa, melhorar a administração e organizar as contas dão bom resultados. "Não é uma questão de ideologia, mas responsabilidade e coragem para fazer o que precisa ser feito", disse, acrescentando que a população quer resultados, sem se importar de onde venham. "Rótulos hoje perderam significado", afirmou Temer.


De acordo com o presidente, após o primeiro ciclo de reformas estruturantes proposto pelo governo, sua gestão vai se dedicar à modernização tributária, o que significa simplificar e tornar impostos mais justos.


Temer também afirmou que seu governo pôs fim à classificação do Congresso Nacional como um apêndice do Palácio do Planalto. "Estamos quebrando a visão de um governo centralizador sem diálogo com Legislativo", disse. "Governamos juntos com o Legislativo."