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Monitor da FGV indica crescimento de 1,19% no PIB do 1º trimestre

17/05/2017 08h39

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,19% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre de 2016, feitos os ajustes sazonais, de acordo com o Monitor do PIB elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). É a primeira taxa positiva do indicador após oito trimestres consecutivos negativos. Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, o PIB ainda cai 0,2%, mas é a taxa menos negativa desde o trimestre móvel terminado em maio de 2014, informa a instituição.


Apenas em março, o Monitor do PIB cresceu 0,04%, perante o mês anterior,, feito o ajuste sazonal e subiu 0,3% na comparação com março de 2016. Em 12 meses, a atividade econômica passou de queda de 2,8% em fevereiro para recuo de 2,3% em março.


Como esperado, o crescimento do primeiro trimestre, em relação aos três meses anteriores, foi puxado pelo setor agropecuário, que teve expansão de 11,13%. A indústria avançou 1,42%, com destaque para a alta de 1,99% no segmento de transformação e de 2,62% na extrativa mineral. O segmento de eletricidade aumentou 6,09%, mas a construção civil continuou em queda, desta vez de 0,94%.


Nos serviços, houve crescimento de 0,40%, sobressaindo transporte (2,23%) e comércio (1,41%). Em menor escala, os serviços imobiliários aumentaram 0,62%, a intermediação financeira teve elevação de 0,31% e os serviços de informação aumentaram 0,37%.


No lado da demanda agregada, o consumo das famílas caiu pelo nono trimestre consecutivo, agora 0,36%; o do governo recuou 0,23% e a formação bruta de capital fixo (medida de investimentos) declinou pelo terceiro trimestre seguido, 1,93%. No setor externo, as exportações tiveram elevação de 2,78%, mais que a alta de 2,03% nas importações.


Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, a agropecuária também foi destaque, com aumento de 12,4%. A indústria teve pequena queda de 0,2%, com alta de 10,9% na extrativa mineral e crescimento de 0,4% na transformação, mas queda de 7,7% na construção. Os serviços recuaram 1% nessa comparação, com recuo de 2,9% nos transportes, queda de 2,4% nos serviços de informação e baixa de 2,7% na intermediação financeira. O comércio aumentou 0,5%.


No lado da demanda, o consumo das famílias teve nova queda, de 2,1%, e o do governo cedeu 0,2% enquanto a formação bruta de capital fixo diminuiu 4,2%. As exportações caíram 2,7% ante o primeiro trimestre do ano passado e as importações aumentaram 10,1%.