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Prejuízo da OSX mais do que dobra em 2016 para R$ 1,4 bilhão

14/06/2017 09h48

(Atualizada às 11h50) A OSX Brasil, em recuperação judicial, registrou no ano passado um prejuízo consolidado de R$ 1,4 bilhão, atribuído aos acionistas controladores da companhia, mais do que o dobro (127%) em relação à perda de R$ 615,5 milhões entregue em 2015.


A OSX Brasil informou também ter registrado uma receita líquida consolidada de R$ 1,09 milhão, ante receita de R$ 188,7 milhões um ano antes.


A companhia atrasou a publicação das demonstrações contábeis de 2016 porque estava aguardando a conclusão da auditoria e revisão dos números, após a retirada do balanço das sociedades em que não exerce mais controle ou "influência significativa", notadamente as sociedades controladas pela OSX Leasing Group.


O objetivo é que o balanço da OSX pudesse representar "de fato a atual situação financeira da companhia", segundo comunicado. A decisão acompanha o decreto de falência da OSX-1 Leasing, em março.


O auditor independente que assinou o balanço foi a BDO RCS, que não emitiu uma opinião porque afirmou não ter sido possível "obter evidência de auditoria apropriada e suficiente" para fundamentá-la.


Os auditores, porém, destacaram ênfases no balanço, relacionadas à própria baixa contábil de atividades de subsidiárias e ao envolvimento da companhia na operação Lava-Jato da Polícia Federal.


No aviso ao mercado, a OSX afirma ainda que a retirada do balanço dessas subsidiárias terá efeito positivo nas demonstrações consolidadas, já que, entre outros aspectos, isso representa melhora no patrimônio líquido e redução das dívidas.


Eike


Acompanhia de construção naval também informou, em aviso ao mercado, que acondenação do empresário Eike Batista pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi uma decisão atribuída apenas a ele e não se estende à OSX.


Ontem, a CVM decidiumultarem R$ 21,328 milhões o empresário em caso que analisou o uso de informação privilegiada com ações da OSX. O valor corresponde a duas vezes o prejuízo evitado pelo ex-bilionário às vésperas da divulgação ao mercado de novo plano de reestruturação da companhia em 2013.


"Eventuais sanções administrativas, pecuniárias e encargos da condenação deverão ser suportadas exclusivamente pelo réu no processo", afirma a companhia, no comunicado.