Atividade econômica tem queda de 0,51% em maio, mostra BC
A economia brasileira apresenta trajetória errática, voltando a perder tração em maio segundo a métrica do Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária (IBC-Br) marcou uma inesperada retração de 0,51% em maio, após alta de 0,15% um mês antes, dado revisado de expansão de 0,28%. Em março, o IBC-Br caiu 0,46%, após expansão de 1,35% em fevereiro.
O resultado ficou abaixo do piso das estimativas feitas pelas 24 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que variavam entre decréscimo de 0,1% e avanço de 0,6%. A média dos prognósticos sugeria expansão de 0,3% para o indicador.
Nos 12 meses encerrados em maio, houve baixa de 2,23% na série sem ajuste e de 2,22% no dado ajustado. Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio Produto Interno Bruto (PIB).
Perante maio de 2016, o índice tem alta de 1,4% na série sem ajuste e de 0,04% com ajuste. No ano, a variação ficou negativa em 0,05% e em 0,10%, respectivamente.
O comportamento do indicador no mês de maio foi influenciado pelo aumento de 0,8% da produção industrial, baixa de 0,1% do varejo e elevação de 0,1% do volume de serviços.
Para 2017, o mercado trabalha com um crescimento de 0,34% do PIB, enquanto o BC estima alta de 0,5%, mesmo percentual do Ministério da Fazenda.
Na média móvel trimestral, indicador utilizado para captar tendência, o IBC-Br, sem ajuste, completa o terceiro mês de variação positiva, com alta de 1,51% em maio. Com ajuste, há queda de 0,28% em maio, ante o trimestre encerrado em abril, após quatro meses de alta. O trimestre encerrado em maio sobre aquele encerrado em fevereiro há alta de 0,53% na série com ajuste sazonal.
Embora seja anunciado como "PIB do BC", o IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
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