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Ibovespa cai com realização de lucros, mas tendência é de alta

28/08/2017 17h40

Mesmo em um dia em que o Ibovespa fechou em baixa, as perspectivas para a bolsa de valores continuam positivas. O índice recuou 0,08% para 71.017 pontos, com fraco giro financeiro, de R$ 4,4 bilhões. De acordo com operadores, o índice passou por uma correção de preços depois de já ter subido 7,73% no mês.


A realização de lucros com baixo volume de negócios é um sinal de que a tendência ainda é de alta para o Ibovespa, segundo profissionais do mercado. Alguns analistas consideram que muitos investidores estariam esperando uma queda mais expressiva do Ibovespa para começar a investir em ações. A avaliação deles é de que o índice está bastante esticado e pode passar por uma correção de preços mais intensa.


A queda do Ibovespa só não foi mais intensa devido à alta da ação ordinária da Vale. O papel da mineradora subiu 1,57% e teve o maior volume de negócios do Ibovespa, de R$ 507,94 milhões. A ação se beneficia de um cenário mais positivo para a cotação do minério de ferro. O BTG Pactual divulgou relatório em que afirma que comprar as ações é uma boa estratégia com o preço do minério acima de US$ 60. Hoje, o minério ficou em US$ 77,15 a tonelada.


As ações da JBS tiveram a maior alta do Ibovespa durante todo o pregão e fecharam o dia com valorização de 2,48%. A empresa anunciou um conjunto de medidas de compliance e a substituição de Joesley Batista por Gilberto Xandó como membro do conselho de administração da empresa. A JBS informou ainda que o conselho de administração decidiu pela manutenção de Wesley Batista.


As projeções são otimistas para o Ibovespa e a XP Investimentos projeta o índice em 85.200 pontos até o final do ano que vem, o que significa uma valorização de 20% em relação ao nível atual. No fim de junho de 2017, o cenário-base da XP era de que o Ibovespa chegaria a 77.500 pontos no fim do próximo ano.


Segundo relatório distribuído a clientes, a XP traçou também um cenário ótimo, em que o índice alcançaria 90.800 pontos, uma alta de 28%, ante 80 mil considerados anteriormente. E também um cenário de estresse, em que o índice cairia 15% para 60.350 pontos.


O cenário-base traçado pela XP considera que a atividade econômica continua dando sinais de que o pior ficou para trás e as empresas irão apresentar resultados crescentes nos próximos exercícios. "Temos um quadro de cenário externo benigno e um reformista vencendo as eleições. O cenário de percepção de risco também é cadente, com elevação da atratividade dos investimentos em bolsa", afirma o relatório.


Já no cenário ótimo, a atividade econômica apresenta sinais mais claros e consistentes de recuperação e as empresas seguem revisando suas expectativas para os próximos exercícios para cima, enquanto no cenário de estresse a atividade econômica demora mais para se recuperar e as empresas reduzem suas expectativas para os próximos exercícios para cima.