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Indústria paulista fecha 2,5 mil vagas em agosto, aponta Fiesp

11/09/2017 12h18

O setor manufatureiro paulista demitiu 2,5 mil funcionários em julho, numa variação negativa de 0,11% em relação a junho, na série sem ajuste sazonal. Trata-se do quarto resultado negativo consecutivo para o indicador, conforme dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).


A variação, no entanto, é considerada como estabilidade pela entidade patronal. Na análise com ajuste, a oscilação também ficou estável, com variação negativa de 0,01%.


"A produção industrial mostra recuperação. Apesar de ainda não ser vigorosa, é contínua, refletindo na manutenção dos postos de trabalho. A geração de novos empregos é a última variável a reagir. Ainda temos muita capacidade ociosa, o que deve levar as empresas a resistir a novas contratações por um tempo", avalia Paulo Francini, diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp.


No acumulado do ano, o saldo apurado segue positivo em 5,5 mil postos de trabalho (0,26%), melhor resultado para o período de janeiro a agosto desde 2013, quando foram contratados 40,5 mil trabalhadores (1,55%). Em julho ante o mesmo mês de 2016, ainda há queda de 3,27%.


Setores e regiões

Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa no mês de agosto, quatro ficaram positivos, quatro estáveis e 14 negativos. Entre os positivos, os destaques ficaram por conta da indústria de alimentos, com geração de 1.060 postos de trabalho, seguida de máquinas e equipamentos (947). No campo negativo os destaques foram veículos automotores, reboque e carroceria (-1.171) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-708).


Por grande região, a variação no mês ficou negativa, além do Estado de São Paulo (-0,11%), também no interior paulista (-0,07%) e na Grande São Paulo (-0,12%).


Entre as 36 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 14 que apontaram altas, o destaque ficou por conta de Santo André (1,38%), influenciada pelo setor de produtos alimentícios (11,40%) e produtos de borracha e plástico (0,94%); Marília (1,10%), por produtos alimentícios (1,48%), produtos de borracha e plástico (5,51%), e Jaú (0,97%), por artefato de couro e calçados (2,82%) e papel e celulose (7,32%).


Já dos 18 negativos, destaque para São Bernardo do Campo (-2,49%), por veículos automotores e autopeças (-2,61%) e produtos de metal (-3,18%); Jacareí (-1,80%), por outros equipamentos de transporte (-20,84%) e bebidas (- 1,39%); Botucatu (-1,45%), influenciado por veículos automotores e autopeças (-6,11%), coque, petróleo e biocombustível (-5,79%).