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Taxas ficam perto da estabilidade em véspera de feriado

11/10/2017 17h53

Os juros futuros chegaram ao fim da tarde em torno dos ajustes de ontem, numa quarta-feira que antecede feriado no Brasil. O dia calmo no exterior permitiu alguma venda de taxa nos contratos mais longos, movimento limitado, porém, pelo amplo volume de prefixados ofertados hoje pelo Tesouro Nacional.


Nos trechos mais curtos, os dados mais fracos do setor de varejo tiveram impacto limitado. As vendas no varejo restrito recuaram 0,5% em agosto sobre julho, segundo dados do IBGE, com ajuste sazonal. O número veio abaixo da estimativa média de +0,1% de economistas consultados pelo Valor Data.


Na curva a termo da BM&F, o mercado segue embutindo corte de 0,75 ponto percentual da Selic no encontro do Copom deste mês e quase 0,50 ponto de redução em dezembro. Ou seja, o cenário-base de operadores continua a indicar Selic em torno de 7% ao fim deste ano.


Ao fim do pregão regular, o DI janeiro/2023 era cotado a 9,640% (9,630% no ajuste anterior). O DI janeiro/2021 tinha taxa de 8,930% (8,940% no ajuste de ontem).


O DI janeiro/2027 ia a 10,190% (10,150% no ajuste da véspera). Janeiro de 2027 foi um dos vencimentos da oferta de 3,5 milhões de NTN-F disponibilizada pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira. O lote foi totalmente colocado. Na prática, o mercado aumentou a tomada de risco em prefixados longos na maior intensidade desde abril, segundo dados da Renascença.


O gestor da JPP Capital, Joaquim Kokudai, diz que a perspectiva de aproximação do fim do ciclo de alívio monetário pode estar ampliando a atratividade dos papéis mais longos. "A pressão nos longos nos últimos meses veio em muito por causa da queda forte dos juros curtos", diz, lembrando que o mercado tem estabilizado as projeções para a Selic em torno de 7%, em média.


O DI janeiro/2019 cedia a 7,280% (7,310% no último ajuste).