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Bolsa cai e dólar chega perto de R$ 3,20 nesta segunda-feira

23/10/2017 12h11

O Ibovespa não conseguiu sustentar a alta observada logo no início da sessão desta segunda-feira (23) e passou a operar em queda.


"Não há uma notícia que justifique uma piora do humor", diz um operador. "Parece ser mesmo uma correção, num dia de agenda mais fraca."


Às 11h, o Ibovespa caía 0,55% para 75.969 pontos.


As maiores quedas do horário são Estácio ON (-2,39%), Copel PNB (-2,11%) e Qualicorp ON (-1,85%). As maiores valorizações são de Cosan ON (1,43%), Cyrela ON (1,18%) e Hypermarcas ON (1,17%).


O volume de negócios tende a ganhar corpo após a abertura da bolsa de Nova York, às 11h30. E é a partir desse horário que uma tendência mais clara da bolsa local poderá ser percebida. Até esse horário, com giro reduzido de negócios, os preços ficam mais suscetíveis a oscilações.


Dólar


A alta do dólar no exterior se estende ao mercado local nesta segunda-feira. A moeda americana se aproxima de R$ 3,20 ao operar em leve avanço, com variação bem próxima àquelas registradas ante pares como o peso mexicano e o rublo russo.


O comportamento do câmbio no exterior se apoia no contexto de uma economia dos EUA potencialmente mais forte caso seja aprovada a reforma tributária de Donald Trump. Os primeiros passos estão sendo dados, como o espaço aberto na proposta do Senado para o Orçamento de 2018.


O debate também pode afetar a política monetária do Federal Reserve (Fed) de aumento de juros. Em paralelo, ainda se aguarda a decisão de Trump sobre quem chefiará o BC americano a partir de fevereiro.


Às 11h07, o dólar comercial subia 0,32%, a R$ 3,1990.O contrato futuro para novembro, por sua vez, avança 0,14%, a R$ 3,2015.


Apesar da pressão do exterior nos últimos dias, o avanço do dólar no Brasil tem sido contido pela expectativa de entrada de recursos no país. Nesta semana, serão realizados leilões de partilha de áreas do pré-sal. A expectativa na Agência Nacional de Petróleo (ANP) é de que todas as oito áreas a serem ofertadas serão contratadas.


Os investidores aguardam ainda a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Espera-se que os deputados decidam barrar o processo. O placar, por sua vez, pode servir de termômetro sobre a força do governo para avançar com a reforma da Previdência.


Nos juros futuros, o DI janeiro/2021 sobe 8,900% (8,870% no ajuste anterior), em sinal semelhante ao comportamento do dólar.Entre vencimentos mais curtos, o DI janeiro/2018 é negociado a 7,290% (7,309% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2019 opera a 7,260% (7,240% no ajuste anterior), à espera também da decisão do Copom nesta quarta-feira (25). A aposta majoritária é de corte de 0,75 ponto percentual da taxa Selic neste encontro.