Juros futuros operam em alta; cena externa fica no foco do investidor
Os juros futuros operam em alta nesta sexta-feira, acompanhando o sinal vindo do exterior. No exterior, o dólar sobe ante as principais moedas emergentes, incluindo o real, e o rendimento dos títulos do Tesouro americano avança após o feriado americano de Ação de Graças. Sem grandes novidades no radar, operadores também atribuem o sinal das taxas a ajustes mais defensivos antes do fim de semana, principalmente agora que o noticiário político anda mais agitado.
As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) estão, em geral, em níveis mais baixos que na sexta-feira passada. No entanto, o ritmo de queda dos trechos mais curtos é mais acentuado que vencimentos com horizonte estendido. O movimento é explicado, em parte, por novos sinais de inflação bem comportada, como mostrou ontem o IPCA-15, mantendo espaço aberto para cortes da Selic em 2018.
O comportamento dos juros longos reflete um sentimento marginalmente mais positivo, relatado por profissionais de mercado, sobre a tramitação da reforma da Previdência. A aprovação ainda é vista com ceticismo, mas a viabilidade de uma votação no começo de dezembro traz algum alívio. De qualquer maneira, as incertezas ainda levam os investidores a operações mais cautelosas nesses trechos, inibindo a redução de prêmio.
Às 10h13, o DI janeiro/2021 subia a 9,230% (de 9,180% no ajuste anterior).
O DI janeiro/2019 era negociado a 7,120% (de 7,120% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2020, a 8,370% (8,340% no ajuste anterior).
O dólar comercial, por sua vez, era negociado a R$ 3,2305, elevação de 0,24%.
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