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Metroviários prometem greve para quinta-feira em São Paulo

16/01/2018 16h10

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo reiterou nesta terça-feira (16) que fará uma greve geral de 24 horas na próxima quinta-feira (18), em protesto à concessão das linhas 5 do metrô e 17 do monotrilho. Nesta terça-feira, os metroviários distribuíram 70 mil folhetos em sete estações de metrô para avisar a população sobre a paralisação e criticar a concessão.


A greve está marcada para a véspera da abertura dos envelopes da licitação, no dia 19, que deve conceder as duas linhas à iniciativa privada. Os metroviários protestam também contra o aumento da tarifa, de R$ 3,80 para R$ 4, que começou a vigorar no dia 07, e afirmam que será uma "privatização" e que funcionários do metrô serão demitidos.


Amanhã, o sindicato fará uma assembleia para debater a greve.


Em nota divulgada na semana passada, quando os metroviários anunciaram a greve, a Secretaria de Transportes Metropolitanos negou que haja demissões e disse que o governo autorizou a contratação de 214 funcionários para as linhas do metrô.


Na semana passada, o Sindicato dos Metroviários afirmou que a CCR deve ser a vencedora da licitação e colocou em xeque a lisura do processo. Os sindicalistas, no entanto, não apresentaram provas para embasar a acusação.


A Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo rebateu as acusações feitas pelo Sindicato dos Metroviários e negou supostas irregularidades no processo de licitação das linhas 5 do metrô e 17 do monotrilho. "Está inteiramente equivocada a afirmação de que seria a CCR o único consórcio capaz de vencer o leilão. Em setembro de 2017, equipe do governo de São Paulo fez roadshow e fez contato com pelo menos quatro grupos europeus capacitados para participar da licitação, que ocorre na modalidade internacional justamente para ampliar a concorrência", afirmou a secretaria, por meio de nota.


Em setembro do ano passado o edital de licitação foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado, que apontou problemas, mas o processo foi liberado em 20 de dezembro.


A secretaria afirmou que o edital de licitação passou por ampla revisão do Tribunal de Contas do Estado e que o órgão liberou o edital para publicação. "É importante ressaltar que todos os questionamentos foram julgados improcedentes", disse o governo paulista, por meio da nota.


Segundo a secretaria, todos os integrantes dos consórcios que formam as Sociedades para Propósitos Específicos que atuam na área metroviária são dotadas de competência para participar do pregão. Dessa forma, não haveria direcionamento para a CCR, afirma o governo.


"As linhas 5 e 17 estiveram abertas à visitação dos interessados entre 19/5/2017 e 20/6/2017, período em que quatro empresas fizeram visitas técnicas às linhas: CCR, CAF, Benito Roggio e Primav/CR Almeida", afirmou. "O Governo do Estado de São Paulo vai conceder apenas a operação comercial das linhas 5 e 17. O ativo não faz parte desse processo, como erroneamente afirma o Sindicato dos Metroviários. Não se trata de privatização."