Temer diz que não vai admitir mais que o chamem de "trambiqueiro"
O presidente Michel Temer (MDB) disse nesta segunda-feira (29), em entrevista à rádio Bandeirantes, de São Paulo, ter "aproveitado bem"a sua impopularidade e ter feito"o que o Brasil precisa". Ele afirmou que pretende fazer uma reforma tributária depois de aprovar a da Previdência, neste ano.
"Ninguém terá coragem de acabar com reforma trabalhista", acredita.
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Temer afirmou que não vai admitir "mais que se diga impunemente que o presidente é trambiqueiro". "Meus detratores estão na cadeia ou desmoralizados", disse.
Para ele, "um membro do Ministério Público foi jogando denúncias em cima do presidente", o que levou, entre outros, à não aprovação da reforma da Previdência até o momento. Era uma referência ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que no ano passado denunciou Temer por corrupção passiva, obstrução da Justiça e formação de organização criminosa.
"O MP tem hoje os poderes que tem porque eu, na Constituinte, trabalhei por isso", disse o emedebista.
Lembrança
Para Temer, as pretensões eleitorais do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSB), não atrapalharam até o momento o seu governo. "Maia e Meirelles trabalham normalmente", disse.
Questionado sobre qual seria seu candidato à sucessão, ele disse que só falaria poderia responder sobre isso no fim de maio.
O presidente afirmou que quer ser lembrado após o seu governo como alguém que "produziu um legado positivo para o Brasil"."Quero ter um reconhecimento histórico", afirmou.
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